sábado, 22 de agosto de 2009

Segredos do céu

Olá,
Estou hospedada em um resort esse fim de semana, mas trouxe o notbook, o iPod, dois livros e uma tonelada de deveres de casa, fora que tá um frio monstruoso.
O clima é agradável, a banheira é boa, a cama também, mas eu tô entediada. Já acabei um dos livros - Fala sério, pai! da Thalita Rebouças, MUITO BOM - e tô quase acabando o outro - Fala sério, Professor! -, ainda não terminei o dever de casa e não conheci ninguém.
Antes de viajar tinha escrito o conto Segredos do céu, mas acabei não postando. Pensei em colocar no outro blog - o que eu divido com a Ag Andrade -, mas preferi colocar aqui mesmo .. rs
O endereço de lá é http://righi-andrade.blogspot.com/ , se puder passar lá, a Ag escreve super-bem.
Mas chega de papo furado... O post de hoje:
1. é real;
2. demonstra os meus sentimentos no dia que foi escrito, quarta-feira passada, dia 19/08.
Divirtam-se,
e boa tarde (:
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Segredos do céu
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Sempre gostei de olhar para o céu. Não importava se estava azul clarinho, azul bem escuro, laranja, amarelo, preto, violeta..., enfim, sempre achei o céu perfeito, sem falhas; o único lugar nesse universo em que eu realmente podia dizer que gostaria de estar para sempre, sem fazer nada, apenas olhando e procurando alguma falha em meio à perfeição.
Mas nos últimos dias eu estava evitando o céu.
Tornara-se completamente repugnante olhar para a perfeição quando minha vida desabara em menos de cinco minutos.
Certo dia percebi que estava chuvendo apenas um pouco e, portanto imaginei o cinza claro das nuvens acima de minha cabeça. Não resisti à tentação. Olhei para o céu.
O azul dominava quase tudo o que meu olhar conseguia captar e as únicas manchas no mar celeste eram brancas e escassas.
Imaginei durante muito tempo o que poderia ter acontecido... A chuva caía, fraca e contínua, deixando minha cabeça um pouco mais confusa do que já estava. Olhei de novo; o céu continuava azul.
Quando finalmente parou percebi que as pequenas nuvens brancas haviam dado lugar à grandes nuvens que pareciam pesadas; prestes a desabar a qualquer momento.
Acontece que o restante do dia foi abafado e sem sol, um pouco repugnante e agradável ao mesmo tempo. Tomei coragem e, mais uma vez olhei para o céu, mas não sabia se aquelas nuvens ainda estavam lá, pois estava demasiado escuro para que meus frágeis olhos pudessem distinguir qualquer forma no mar celeste que sempre admiravam.
Foi então que percebi o que me incomodava... A lição que eu deixara de aprender durante todo o dia: mesmo por trás da perfeição da vida, lágrimas podem ser derramadas em segredo, enquanto em uma vida um pouco mais "cinza" tais lágrimas não escorrem dos olhos, deixando apenas um sentimento de felicidade e tristeza pairando, inconstante, no ar.

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