terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sorri

Uau, minha imaginação se superou. (:
Nunca tinha escrito algo tão surreal.
Bem, ÓÓÓÓBVIO que não é baseada em fatos e nem nada parecido;
Nada mais pra falar;
Só vou postar , beijo:*


Sorri,


Envolta em uma névoa que parecia diferente daquela que costumava aparecer todas as manhãs de inverno, sorri.
Na realidade comecei a rir sozinha, quase gargalhei.
Sorri por estar viva, por sentir o cansaço, por saber que poderia me machucar e começar a chorar. Sorri também por saber que a qualquer momento minha vida poderia acabar e eu teria deixado de aproveitar os bons momentos.
A névoa era densa, não conseguia ver as árvores que estavam a dez passos de distância, mas mesmo assim me despreocupei e comecei a caminhar calmamente em meio ao bosque silencioso.
Os pássaros estavam quietos, assim como os outros bichos da floresta; parecia que alguma coisa estava errada. Não liguei e continuei caminhando.
A névoa não estava dissipando ainda... Olhei o relógio e me surpreendi por ser quase meio dia; não havia percebido que o tempo passara tão rápido. Comecei a sentir fome, mas resolvi caminhar mais um pouco; queria aproveitar cada instante.
Encolhi-me um pouco mais e fechei o casaco; o frio aumentara muito desde que eu havia saído de casa. Ouvi um ruído próximo, ou pelo menos tive tal sensação. Agora eu suava frio e, portanto, resolvi voltar pela trilha, mas a névoa era tão densa, e eu não tinha certeza se estava na direção certa. Meu pai tinha me dado uma bússola no meu último aniversário e eu sabia exatamente onde estava: em minha mochila, junto com os outros apetrechos de caminhada, que eu havia deixado embaixo de minha cama.
O medo começava a se apoderar de mim, comecei a correr; tropecei.
Ri de mim mesma ao cair, já que tinha resolvido aproveitar todas as coisas que acontecessem a partir daquela manhã. Levantei calmamente e joguei um pouco de água nos joelhos; estavam sangrando.
Olhei para cima e falei alguns palavrões, depois continuei a andar, mas estava mancando muito para ir rápido. Na verdade não estava mancando, estava me arrastando; era quase impossível mover qualquer um dos dois joelhos.
O sangue escorria por minhas pernas sujando minhas meias brancas. Finalmente a névoa estava começando a diminuir, mas eu não tinha a mínima noção de que horas eram; meu relógio havia batido com força em uma pedra e quebrado quando caí.
Caminhava débilmente por entre as árvores do bosque e, como se fosse magia, alguém apareceu um pouco mais à frente. Não era possível ver seu rosto, mas percebi que era uma mulher. Cambaleei um pouco mais para frente, até que fosse possível ver seu rosto. Tinha em torno de 1,65m, a pele muito branca e os cabelos negros e impecavelmente lisos. Seus olhos eram verde-marinhos e usava um batom vermelho nos lábios cheios. Ela parecia estar muito bem vestida para uma caminhada no meio do mato, portanto imaginei que deveria estar próxima à cidade.
No tempo equivalente à uma batida de coração eu pude observar sua perfeição e, na próxima batida eu já não sentia mais meu corpo. Só pude ver que a mulher misteriosa me abraçava, me mantendo de pé. A cabeça dela estava apoiada em meu ombro esquerdo e, percebi que ela mordia meu pescoço.
- Vampiros existem mesmo, ninguém acreditava em mim, mas realmente existem... - eu disse debilmente enquanto a mulher sorria para mim e eu lhe retribuía o ato.
As poucas árvores que eu conseguia ver foram perdendo a cor e foi ficando difícil respirar. Meus olhos fecharam e eu senti que ela me carregava no colo com facilidade. Senti que era seguro e dormi, ainda sorrindo. Pela última vez.

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