sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Subterfúgio

Completamente alheia ao que está acontecendo a minha volta... Como gostaria de ser assim...
Minha personagem, Zoë, é a protagonista do conto Subterfúgio. Sei como ela se sente pois sou quase exatamente assim.
Não tenho muito o que falar.
Subterfúgio foi a maneira que encontrei de dar um pouco de minha personalidade e características para Zoë.
Chega de baboseiras...
enjoy:*


Enriqueça seu vocabulário. (:
Subterfúgio: Desvio.





Subterfúgio


Eu andava em meio à multidão que estava no centro da cidade. Eu odiava a cidade. Tão monótona. Sempre acontecendo as mesmas coisas todos os dias e ainda assim as pessoas conseguem não desejar mudar os velhos hábitos.
Dois assaltos, um acidente, incontáveis gritos e sons: pessoas conversando, casais brigando, ambulantes anunciando, carros buzinando, crianças chorando, sirenes tocando.
Diziam-me que era normal ter tanto barulho, mas não consegui me acostumar. Meus ouvidos doíam como se estivessem sendo perfurados por um canivete. Cada vez mais fundo. Cada vez mais fundo. A claridade intensa do sol refletida no asfalto cinza machucava meus olhos, como se estivessem colocando um refletor exatamente à frente de meus olhos.
A cidade era irritante e desesperadora.
Eu desejava mais do que tudo o meu quarto, meu silêncio, minha solidão. Nada era mais esperado do que a hora de voltar para meu refúgio, como gosto de chamar o quarto, mas acontece que eu precisava enfrentar a cidade.
Subterfúgio. Subterfúgio. Era tudo o que eu conseguia pensar. Queria encontrar um desvio para algum lugar longe daquele caos. Logo que foi possível me desvencilhar da rede interminável de braços e corpos humanos entrei no shopping em que estava tentando chegar desde que chegara ao centro. Parecia um ambiente agradável. As pessoas mantinham certa distância uma das outras e não havia tantos barulhos; apenas uma fonte borbulhante e conversas.
Sentei-me próxima a fonte agradecendo por finalmente ter encontrado algum lugar tranqüilo e isento de corpos para descansar um pouco a mente. Foi quando encontrei o motivo de eu ter saído do meu refúgio e me deslocado até o caos da cidade.
- Zoë, querida. Ainda bem que você veio. Sentimos sua falta.
Droga de reunião de família.

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