terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Carta de um apaixonado V

O sol brilhava forte naquela manhã de verão. Não passava muito das 8 e já podia sentir minha pele queimando sob o sol. Meus ombros ardiam devido ao calor forte.
O som das ondas deixava-me melancólica. Lembrava-me da última vez em que estive tão próxima das águas do mar, por acaso em companhia dele. Daquele que tanto amo, mas não deu certo. Descobri que não fomos feitos um para o outro.
Tantas coisas aconteceram desde o início do verão... O céu deixou de ser azul, a areia clara e o mar calmo. O mundo desabou. O pôr-do-sol tem, agora, um tom gris, o céu tornou-se negro.
O romantismo se foi, acompanhou o caminho daquele que se afastou de mim sem hesitação. Apenas voltou-se para a saída e não olhou para trás.
Não pude acreditar quando tudo havia mudado, que minha vida havia deixado de ser perfeita, calma e feliz. Depois de tantas experiências divididas, tantos sonhos compartilhados... Simplesmente terminou. Era certo como o fim do dia, o sol sempre encontra o mar, o dia sempre dá lugar à noite.
O amor acabou. A poesia se foi. A alegria encontrou seu fim.
Uma carta pequena, porém sincera, sobre um amor longo e mentiroso. O destinatário será minha gaveta novamente. Não tenho coragem ainda de mandar tais palavras para a pessoa certa, aquela que jurava ser a certa.

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