Este é um conto hiper-mega amador, portanto não deve estar muito bom. Não, não é uma história baseada em fatos, é apenas fruto da minha imaginação, o que não deve ser nada emocionante. Talvez depois de um tempo eu pegue o jeito desse tipo de texto, já que ninguém nasce sabendo fazer tudo. Espero que esteja legível, rs'
beijomeliga;*
Saudade;
Sempre odiei aquele sentimento chato que é denominado saudade e me atormenta todos os dias por causa da ausência do meu melhor amigo, portanto resolvi ligar pra ele.
Durante anos ele foi quase toda a razão da minha existência, mas seu envolvimento com idéias que eram péssimas até mesmo para sua saúde, me obrigaram a manter distância por um tempo. Ele resolveu morar em São Paulo até que as coisas melhorassem e ele pudesse voltar a ser o mesmo garoto que era antes.
São Paulo não ficava assim tão longe, era o que pensava quando tentava me reconfortar enquanto a ferida que ele deixou no peito ardia, mas era longe o suficiente para que não houvesse contato por meses, o que me deixou profundamente desesperada.
Procurei às cegas, em meio às lágrimas, em minha estante o pequeno pedaço de papel azul onde estava escrito o telefone de São Paulo que eu tanto tentava evitar. Ao encontrar peguei o telefone e disquei. Alguém atendeu ao primeiro toque.
"Alô?", arfei de dor ao reconhecer a voz que eu esperava ouvir; a voz dele.
Sua voz atravessou meu corpo e doeu como uma punhalada em meu peito. Senti toda a angústia que estava estocada em meu coração se unir à raiva por suas escolhas, ao amor e à saudade do meu melhor amigo.
Sua voz lembrou-me também do adolescente que ele era antes do desastre; um adolescente comum que estava sempre rindo e sabia exatamente a hora de falar uma palavra de apoio; lembrou-me de quando ele dormia em minha casa... Parecia tão calmo, belo e inocente.
Essas lembranças me fizeram chorar e recordar de minha última promessa: nunca mais ligar.
Percebi que ainda estava ao telefone e que, por trás do meu choro, ele balbuciava palavras que eu não conseguia entender bem. Ele quase gritava meu nome e, a cada intervalo de seus próprios soluços, se desculpava pelas escolhas que havia feito e por ter quebrado todas as promessas de nunca me abandonar.
Nada falei antes de desligar o telefone. Esperei, ainda chorando, para ver se ele retornaria minha ligação, mas ele não o fez; deixei o telefone cair de minhas mãos trêmulas e deixei que as lágrimas secassem.
O pequeno pedaço de papel azul eu decidi jogar fora e, com ele foram todas as minhas esperanças de que tudo voltasse a ser como antes, que meu melhor amigo voltasse a ser meu porto seguro, minha válvula de escape do mundo real e tenebroso para um mundo de fantasias e alegrias.
Mas agora nada mais importa. Alguns anos após o último telefonema que dei para São Paulo.
Nada mais importa, repito à mim mesma. O vazio deixado por ele nunca será preenchido e as bordas da ferida em meu peito estarão sempre inflamadas, ardendo e me atormentando, até que a última gota de sanidade seja retirada do meu ser e eu finalmente me deixe levar por aquele sentimento chato que é denominado saudade.
beijomeliga;*
Saudade;
Sempre odiei aquele sentimento chato que é denominado saudade e me atormenta todos os dias por causa da ausência do meu melhor amigo, portanto resolvi ligar pra ele.
Durante anos ele foi quase toda a razão da minha existência, mas seu envolvimento com idéias que eram péssimas até mesmo para sua saúde, me obrigaram a manter distância por um tempo. Ele resolveu morar em São Paulo até que as coisas melhorassem e ele pudesse voltar a ser o mesmo garoto que era antes.
São Paulo não ficava assim tão longe, era o que pensava quando tentava me reconfortar enquanto a ferida que ele deixou no peito ardia, mas era longe o suficiente para que não houvesse contato por meses, o que me deixou profundamente desesperada.
Procurei às cegas, em meio às lágrimas, em minha estante o pequeno pedaço de papel azul onde estava escrito o telefone de São Paulo que eu tanto tentava evitar. Ao encontrar peguei o telefone e disquei. Alguém atendeu ao primeiro toque.
"Alô?", arfei de dor ao reconhecer a voz que eu esperava ouvir; a voz dele.
Sua voz atravessou meu corpo e doeu como uma punhalada em meu peito. Senti toda a angústia que estava estocada em meu coração se unir à raiva por suas escolhas, ao amor e à saudade do meu melhor amigo.
Sua voz lembrou-me também do adolescente que ele era antes do desastre; um adolescente comum que estava sempre rindo e sabia exatamente a hora de falar uma palavra de apoio; lembrou-me de quando ele dormia em minha casa... Parecia tão calmo, belo e inocente.
Essas lembranças me fizeram chorar e recordar de minha última promessa: nunca mais ligar.
Percebi que ainda estava ao telefone e que, por trás do meu choro, ele balbuciava palavras que eu não conseguia entender bem. Ele quase gritava meu nome e, a cada intervalo de seus próprios soluços, se desculpava pelas escolhas que havia feito e por ter quebrado todas as promessas de nunca me abandonar.
Nada falei antes de desligar o telefone. Esperei, ainda chorando, para ver se ele retornaria minha ligação, mas ele não o fez; deixei o telefone cair de minhas mãos trêmulas e deixei que as lágrimas secassem.
O pequeno pedaço de papel azul eu decidi jogar fora e, com ele foram todas as minhas esperanças de que tudo voltasse a ser como antes, que meu melhor amigo voltasse a ser meu porto seguro, minha válvula de escape do mundo real e tenebroso para um mundo de fantasias e alegrias.
Mas agora nada mais importa. Alguns anos após o último telefonema que dei para São Paulo.
Nada mais importa, repito à mim mesma. O vazio deixado por ele nunca será preenchido e as bordas da ferida em meu peito estarão sempre inflamadas, ardendo e me atormentando, até que a última gota de sanidade seja retirada do meu ser e eu finalmente me deixe levar por aquele sentimento chato que é denominado saudade.
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