Já é abril quase o fim de abril. Os dias têm passado rapidamente.Penso no tempo e vejo que passa cada vez mais rápido. Estava lendo alguns dos meus posts antigos e me deparei com uma frase que eu costumava falar bastante: Queria saber como é ter 16 anos.
Agora, com quase 18, vejo que o que eu mais queria era crescer logo e viver minha própria vida, sem depender de ninguém (como se isso fosse possível aos 16 anos) e percebo, principalmente, como eu sabia sonhar. Não aproveitei meus 16 anos como eu queria. Não vivia intensamente como achava que viveria, não saía à noite com meus (poucos) amigos, não me divertia o tempo inteiro. Percebi que tudo o que eu imaginei fazer quando tinha 16 anos foi em vão, mas fiz coisas que não imaginava que faria.
Conheci a maioria dos meus grandes amigos quando estava nessa fase, decidi parte do meu futuro, comecei a escrever um livro, fiz viagens maravilhosas, conheci histórias fascinantes, me intriguei com fatos bobos, li mais livros do que eu achava possível, tive um namoro duradouro, fui feliz por algum tempo, desejei voltar a ser criança e fiquei imaginando como seria ter 17 anos e como seria bom.
Como eu sempre estou errada, meus 17 anos não foram como eu planejei. Briguei com meus melhores amigos, fiquei sozinha, deprimida, chorei mais do que qualquer pessoa que eu conheça, sofri por causa do vestibular, me decepcionei comigo mesma por não conseguir publicar meu livro, escolhi uma carreira que não sei se é a que realmente quero, tomei decisões estúpidas e voltei com antigos vícios.
Mas tudo tem um lado bom. Por causa de algumas boas decisões acabei voltando a falar com meus amigos de quando eu tinha 16 anos, encontrei felicidade em apenas conversar, consegui aprovação no vestibular, chorei de alegria ao lado das minhas melhores amigas várias vezes, sorri por besteiras, viajei, aprendi novas culturas e, acima de tudo, vi que tenho a capacidade de ser feliz.
Agora, faltando pouco menos de três meses para o meu aniversário de 18 anos, eu não tenho a mínima curiosidade de saber como vai ser a minha vida depois de seis de julho de dois mil e onze. A única coisa que eu quero é que seja como os meus 16 anos: uma grande surpresa, mas agradável.
Como eu ia dizendo no começo deste post, já é quase final de abril e os dias estão passando rápido demais. Mas não me importo com o tempo. Aproveito cada dia como se fosse o único, dou cada sorriso como se fosse o mais alegre, choro como se estivesse sofrendo, vivo como se estivesse prestes a morrer, aproveitando cada segundo com as pessoas que realmente importam.
Sinceros agradecimentos a todos os que me apoiaram em todos os meus momentos difíceis, principalmente a:
Agnes Andrade, por ser minha melhor amiga desde sempre e nunca me abandonar, mesmo sendo muito mais fácil e conveniente, pela distância, deixar nossa amizade para lá e simplesmente viver a vida;
Albert Schumacker, por ter se tornado meu melhor amigo, mesmo depois de tudo o que eu o fiz passar;
Pedro Guimarães, por ter me aceitado de volta como amiga, mesmo depois dos problemas dos meus 17 anos. Foi meu melhor amigo e minha inspiração. Agradeço por ter sido uma das primeiras pessoas a me apoiar em qualquer coisa, a me ajudar quando chorei e a me perdoar;
Raphael Oliveira, que mesmo estando um pouco distante agora, significa muito mais pra mim do que imagina. A melhor companhia para tomar café e bater papo a tarde, pra sorrir e pra chorar;
E Camila Madureira, que desde a quinta série se tornou insubstituível, fazendo parte da minha vida em todos os simples momentos, todas as manhãs.