tag:blogger.com,1999:blog-45588514081162526662024-03-12T23:27:38.042-03:00Lost DiaryBuscando nas palavras a fuga da realidade, a pseudo-escritora esconde-se atrás de personagens que definem nada mais do que sua própria personalidade. Utilizando os pseudônimos consegue viver aventuras sem nem mesmo dar um passo. Ela diverte-se contornando seus medos e escrevendo contos e cartas amadoras.Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.comBlogger69125tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-28133612119373370972012-03-26T22:41:00.000-03:002012-03-26T22:41:14.443-03:00Renascer<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A noite se foi. Aquela noite longa demais, que durou meses a fio. Aquela noite em que percebi todos virem me ver nesta cama de hospital, lutando entre a vida e a morte. Bem, pelo menos era o que eles imaginavam. Eu já havia desistido a muito tempo desta vida. Já tinha aberto mão da luz do sol, do cheiro do mar no verão e das flores na primavera, da sensação da grama nos pés. O vento invernal já não me interessava mais; nem mesmo as folhas pálidas caindo no outono.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Várias vezes eu pensei em acordar e dizer a todos para desistirem de mim. Pensei em levantar eu mesma e desligar os aparelhos que me mantinham ali, viva. Nada mais tinha sentido. Eu não tinha nenhuma razão para continuar aquela luta inútil. Nada era como eu queria que fosse; como eu precisava que fosse.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sonhei ouvir aquela voz doce mais de uma vez durante aquela noite. Parecia que estava sempre ali, choramingando, falando comigo. Sentia que estava muito próxima, me contando como haviam sido os últimos dias, o que tinha mudado; o que continuava o mesmo. Recordo-me de ouvir mais de uma vez os mesmos fatos. Lembro que me perguntava o porquê de tudo aquilo. Diziam-me para resistir. Sempre tinha uma voz à minha volta. Normalmente eu não sabia de quem era. Elas iam e vinham como nuvens levadas pelo vento.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Percebo então que só há silêncio. Não existe nenhuma voz à minha volta. Aguço os ouvidos para tentar captar qualquer ruído. Nada.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Começo a abrir os olhos. Sinto que a luz queima minhas retinas fragilizadas. Fecho novamente e tento abrir mais devagar, até acostumar-me com a luz. Consigo identificar a luminária bem acima da minha cabeça. Luxuosa demais para um hospital, penso eu. É adornada com pequenos pedaços de vidro. Viro um pouco a cabeça para a direita e vejo o maquinário ao qual minha vida está intimamente ligada. O pedaço de metal ao qual devo minha quase ressurreição.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Do outro lado da minha cama, também luxuosa, cheia de travesseiros, há uma pequena mesa. Reconheço algumas flores bonitas. Rosas, lírios, copos de leite. Há também alguns cartões e cartas empilhadas. Mais distante avisto a janela, com sua cortina branca e leve, com várias camadas de rendas e outros tecidos finos. Reparo uma outra mesa pequena. Nela repousam um cartão, um vaso com água e apenas uma rosa branca.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Tento erguer meu corpo para observar o restante do quarto, que começo a reconhecer como sendo o meu próprio. O tom gelo das paredes, com os desenhos delicados de cerejeiras começam a surgir em minha visão. Meu tronco não se move. Parece que estou amarrada, ou então perdi a habilidade de me mover totalmente. Faço força para levantar o braço esquerdo e, magicamente, consigo. Fico imaginando o que posso fazer agora que reaprendi a mover meu braço.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Lentamente consigo erguer o braço esquerdo e pressionar meu corpo para cima. Sento-me na cama e continuo olhando, tentando recordar de cada detalhe de meu quarto. Logo a frente da cama está a porta de madeira clara, com sua maçaneta dourada e a mandala pendurada. O armário está fechado, como sempre, e posso ver meu reflexo no espelho da porta. Eu estou mais magra que de costume. O rosto fino demais indica o tempo que passei sem me alimentar bem.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Forço-me a esquecer de detalhes como minha aparência e continuo minha análise. A cômoda de madeira, com todas as coisas em cima continua intacta, a pequena poltrona está no canto do quarto, arrumada, sem minhas roupas jogadas, porém não está vazia. Não reconheço de imediato, mas sei que não é um desconhecido. Parece estar dormindo e há bastante tempo. Começo a reconhecer o homem ali sentado e fico boquiaberta.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O cabelo escuro está mais longo, a barba rala por fazer. Os delicados olhos fechados, mas sei que são negros como a noite. As olheiras estão mais escuras, provavelmente ele não dorme profundamente há semanas, talvez meses. A boca macia não esboça mais um sorriso tão belo, mas está séria, como se preocupado com algo sério demais. Os braços estão cruzados sobre o peito. A camisa aparenta estar amassada devido ao tempo que está ali, meio sentado, meio deitado, naquela poltrona pequena.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Tento falar, mas somente deixo escapar um som estranho. Minha garganta está seca demais para que saia uma palavra de verdade. Ele se mexe, reagindo ao ruído no quarto silencioso. Cubro minha boca com uma das mãos para que o som não se repita, porém perco o equilíbrio e, caindo, solto um grito rouco.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ele acorda. Vejo seus olhos se abrindo, como pedras de ônix brilhando à leve luz branca. O sorriso que eu tanto desejei ver se estampa em seu rosto, seguido pela confusão. Ele está confuso, não sabe se fala, se vem em minha direção ou se sai para chamar alguém. Vejo seus pés se movendo em direção à porta, porém eles param e começam a caminhar em minha direção. Sinto o cheiro suave que tantas memórias me trazem.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“Que bom que acordou. Que bom que finalmente acordou.”</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Aquela voz doce que eu escutava todos os dias. A voz que eu almejo escutar mais do que qualquer outra. O abraço suave me pega desprevenida. Em meio a todos aqueles fios, a graciosidade dele ainda me surpreende. Ouço a porta abrindo. Mais pessoas estão entrando no quarto e circundando minha cama, mas eu nem ao menos os vejo. Lágrimas começam a escorrer por meu rosto fino e consigo erguer meus braços para abraçá-lo. Durmo novamente, mas desta vez sei que não será um sono tão longo. Somente algumas horas para descansar do esforço repentino. Mas o mais importante é que sei que ele está ao meu lado, segurando minha mão fria em meio à suas mãos quentes.</span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-23525144682220516572011-05-26T14:35:00.002-03:002011-05-26T15:27:31.174-03:00de volta pra minha casa. ou quase isso.<div style="text-align: center;"><img src="http://s3prod.weheartit.netdna-cdn.com/images/5251743/tumblr_lcpdx9VTBi1qbgssmo1_500_large.jpg?1291129916" /></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Estranho como não sinto falta de minha terra, minha vida, minha família, minhas coisas. Sinto como se tivesse morrido e renascido, sendo reeducada com uma nova cultura e novos costumes, aprendendo tudo de novo, desde o princípio, como um bebê recém-nascido.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Estranho como falar sobre minha casa não me deixa triste, mas só me faz pensar se quero voltar a ter minha velha vida ou não. Me faz imaginar como seria voltar depois de tudo o que já aconteceu na minha vida durante os últimos meses.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Passo a refletir sobre minhas decisões com relação a tudo o que já aconteceu. Faculdade, romances, histórias, alegrias, amizades, etc.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Tudo é repensado e vejo como cometi erros pelo meu caminho. Sei que muitas dores foram por causa de erros cometidos por decisões precipitadas, por me deixar levar pelas vontades dos outros, por não pensar direito antes de agir. Já desejei poder mudar o passado, mas faria exatamente as mesmas coisas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Agora, na minha terceira visita à cidade dos meus sonhos, só o que desejo é voltar para a pequena cidade de onde saí alguns dias atrás e rever os amigos que deixei lá, mas ainda assim saio, pela segunda vez, com lágrimas nos olhos enquanto deixo para trás o, na minha opinião, melhor lugar da Terra.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Já me sinto tão em casa neste país, e principalmente nessa cidade, que acho que vou estranhar quando voltar para aquele país distante em que nasci. Vai ser estranho ouvir minha língua-mãe o tempo inteiro. Vai ser estranho sentir o calor nauseante e achar algo normal. Mas, acima de tudo, vai ser estranho chegar na cidade onde fui criada e perceber que, finalmente, estou em casa. Na minha verdadeira casa.</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(London - 25/05/2011)</span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-83831486561935079822011-04-19T18:16:00.004-03:002011-04-19T18:34:22.930-03:00Dezesseis anos ~<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPjjMIlaSB-ifSqPxm0emoQWFMw-jXuB7I5J5nj9T5fqP5HFewiHx0QKuhqalYBhj3Dv7BXcmcYqSXtKZOfNmFSglQM0kH0tUQQp3wiLWDnlMWVKaDIfJuQfgclQDtOYQzaVbYCtETy_64/s400/velas%255B1%255D.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPjjMIlaSB-ifSqPxm0emoQWFMw-jXuB7I5J5nj9T5fqP5HFewiHx0QKuhqalYBhj3Dv7BXcmcYqSXtKZOfNmFSglQM0kH0tUQQp3wiLWDnlMWVKaDIfJuQfgclQDtOYQzaVbYCtETy_64/s320/velas%255B1%255D.jpg" width="320" /></a></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Já é abril quase o fim de abril. Os dias têm passado rapidamente.<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Penso no tempo e vejo que passa cada vez mais rápido. Estava lendo alguns dos meus posts antigos e me deparei com uma frase que eu costumava falar bastante: <i>Queria saber como é ter 16 anos.<o:p></o:p></i></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Agora, com quase 18, vejo que o que eu mais queria era crescer logo e viver minha própria vida, sem depender de ninguém (como se isso fosse possível aos 16 anos) e percebo, principalmente, como eu sabia sonhar. Não aproveitei meus 16 anos como eu queria. Não vivia intensamente como achava que viveria, não saía à noite com meus (poucos) amigos, não me divertia o tempo inteiro. Percebi que tudo o que eu imaginei fazer quando tinha 16 anos foi em vão, mas fiz coisas que não imaginava que faria.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Conheci a maioria dos meus grandes amigos quando estava nessa fase, decidi parte do meu futuro, comecei a escrever um livro, fiz viagens maravilhosas, conheci histórias fascinantes, me intriguei com fatos bobos, li mais livros do que eu achava possível, tive um namoro duradouro, fui feliz por algum tempo, desejei voltar a ser criança e fiquei imaginando como seria ter 17 anos e como seria bom.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Como eu sempre estou errada, meus 17 anos não foram como eu planejei. Briguei com meus melhores amigos, fiquei sozinha, deprimida, chorei mais do que qualquer pessoa que eu conheça, sofri por causa do vestibular, me decepcionei comigo mesma por não conseguir publicar meu livro, escolhi uma carreira que não sei se é a que realmente quero, tomei decisões estúpidas e voltei com antigos vícios.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Mas tudo tem um lado bom. Por causa de algumas boas decisões acabei voltando a falar com meus amigos de quando eu tinha 16 anos, encontrei felicidade em apenas conversar, consegui aprovação no vestibular, chorei de alegria ao lado das minhas melhores amigas várias vezes, sorri por besteiras, viajei, aprendi novas culturas e, acima de tudo, vi que tenho a capacidade de ser feliz.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Agora, faltando pouco menos de três meses para o meu aniversário de 18 anos, eu não tenho a mínima curiosidade de saber como vai ser a minha vida depois de seis de julho de dois mil e onze. A única coisa que eu quero é que seja como os meus 16 anos: uma grande surpresa, mas agradável.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Como eu ia dizendo no começo deste post, já é quase final de abril e os dias estão passando rápido demais. Mas não me importo com o tempo. Aproveito cada dia como se fosse o único, dou cada sorriso como se fosse o mais alegre, choro como se estivesse sofrendo, vivo como se estivesse prestes a morrer, aproveitando cada segundo com as pessoas que realmente importam.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Sinceros agradecimentos a todos os que me apoiaram em todos os meus momentos difíceis, principalmente a:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Agnes Andrade, por ser minha melhor amiga desde sempre e nunca me abandonar, mesmo sendo muito mais fácil e conveniente, pela distância, deixar nossa amizade para lá e simplesmente viver a vida;<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Albert Schumacker, por ter se tornado meu melhor amigo, mesmo depois de tudo o que eu o fiz passar;<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Pedro Guimarães, por ter me aceitado de volta como amiga, mesmo depois dos problemas dos meus 17 anos. Foi meu melhor amigo e minha inspiração. Agradeço por ter sido uma das primeiras pessoas a me apoiar em qualquer coisa, a me ajudar quando chorei e a me perdoar;<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">Raphael Oliveira, que mesmo estando um pouco distante agora, significa muito mais pra mim do que imagina. A melhor companhia para tomar café e bater papo a tarde, pra sorrir e pra chorar;<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: black; font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif; line-height: 150%;">E Camila Madureira, que desde a quinta série se tornou insubstituível, fazendo parte da minha vida em todos os simples momentos, todas as manhãs.<span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-7297122644403054252011-04-16T12:51:00.000-03:002011-04-16T12:51:30.350-03:00Sinopse, Noites Perdidas<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 28.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sim ou não, certo ou errado. Cansei de pensar nisso.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 28.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Caminhando pelas ruas desertas de uma cidade desconhecida posso ver quem sou de verdade. A andarilha solitária que vive tentando encontrar alguém como ela.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 28.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O vento gelado castiga a pele fina do meu rosto, a única parte exposta de meu corpo. Puxo o cachecol para cima, até que só meus olhos fiquem à mostra. É só mais uma noite como qualquer outra.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 28.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Paro para observar a noite. A vizinhança está quieta como sempre. Ao longe posso ouvir o som de um carro passando na estrada. Em seguida mais nada. Silêncio.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 28.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Caminho lentamente desejando estar perto de minha casa; ando em silêncio por quase dez minutos. Meus passos ecoam na rua iluminada por luzes amarelas. As casas, iguais umas as outras, me observam em silêncio.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 28.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ainda posso sentir o gosto do álcool em minha boca. Começo a falar sozinha para fazer minha cabeça parar de rodar. ‘<i>É só mais uma noite como qualquer outra</i>’. Resmungo algo ininteligível e chuto uma pedra. Ela faz barulho quando acerta a roda de um carro estacionado. Fico em silêncio de novo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 28.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Passo pelo parque e paro para observar o rio. Eu estou no centro da cidade. Não consigo lembrar porque não fui para casa cedo, porque ainda estou na rua se os ônibus nem estão mais rodando. Imagino em como posso chegar até minha casa sem dinheiro. Gastei meu último pence no quarto pub e estou a mais de três milhas de casa.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 28.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Sento sob uma cerejeira e observo os corvos voando. Ouço uma música suave e percebo que não estou sozinha. Há mais alguém andando no parque. ‘<i>Quem será?</i> ‘ Espero até que a figura se aproxime e percebo, tarde demais, que deveria ter fugido.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Malgun Gothic', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-51239948853540624332011-03-19T00:49:00.000-03:002011-03-19T00:49:56.610-03:00Caroline<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Caroline. Era o único nome que me vinha à mente hoje. Na verdade não só hoje... Isso tem acontecido há muito tempo, mas tento evitar o máximo possível pensar nela. Ainda mais depois que tive certeza que a amava. O grande problema é que ela tem um namorado. Meu melhor amigo.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Caroline e Samuel estão juntos há três anos e a cada dia mais apaixonados. Tirando, claro, os dois meses em que passaram brigando e eu, como sou amigo dos dois, acabei consolando-os. E aproximei-me demais de Caroline.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu sabia todos os seus segredos, as manias, os gostos... Quando ela estava triste ia até minha casa ou me telefonava. Somos vizinhos. Eu colocava sua música favorita – que por acaso era a minha também –, lia um trecho de um livro que ela gostasse, contava minhas estórias inventadas, comíamos sorvete deitados no sofá vendo uma comédia romântica qualquer...</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Caroline e eu parecíamos um casal feliz. E eu acabei me deixando levar pelo momento e tive esperanças de que ela deixasse Samuel de uma vez e me desse uma chance. Sei que fui egoísta ao pensar assim, porém eu estava apaixonado. Não conseguia parar de pensar em Caroline e ela estava sempre por perto.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Em cada livro que lia uma das personagens tinha características dela, todas as minhas histórias começaram a falar de amores impossíveis e de paixões incontidas. Cada música contava um pouco do que tínhamos vivido naqueles dois meses. Era impossível ignorar o sentimento e deixá-lo morrer. Eu tinha que ser egoísta e pensar em mim. Mas também tinha que saber que tudo tem um limite.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Um dia Caroline chegou à minha casa com um sorriso imenso. Há muito eu não a via sorrindo daquela forma sem que eu a animasse. Ela estava radiante, parecia ainda mais linda. Seus longos cabelos lisos e castanhos recém lavados estavam soltos sobre os ombros, seus olhos negros pareciam poços sem fim, onde cada vez que tentava encontrar o fundo sentia-me perdido, mas tinham um brilho que a muito eu não encontrava. Parecia um pouco menos pálida. Sua bela pele morena emanava uma aura angelical.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Caroline vestia short <i>jeans</i> e uma camiseta rosa larga e chinelos. Ela sempre usava roupas largas demais e chinelos. Dizia que combinava com o estilo despojado que tanto gostava. Suas unhas estavam pintadas de vermelho sangue e usava uma maquiagem negra pesada nos olhos. A maquiagem era sua marca registrada.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“<i>Ele me ligou hoje, Pedro.</i>” Ela parecia tão feliz. E não precisou dizer a quem se referia. Sabia quem era <i>ele</i>. Sabia que era Samuel. Sorri um meio sorriso e ela entendeu como um incentivo a continuar. “<i>Samuel me pediu desculpas por todas as nossas brigas. Ele disse que entende que estava sendo muito possessivo. Mas entendo o ciúme dele. Trato meus amigos bem demais. Ele pode estar entendendo errado. Vou tentar diminuir isso.</i>”</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Convidei Caroline a entrar. O caminho era bem conhecido já. Ela automaticamente seguiu pelo corredor entrando na segunda porta à direita. Meu quarto. Onde tantas vezes a ajudei. Não consegui sustentar o sorriso por muito tempo. Assim que ela passou por mim meu rosto se contraiu em uma expressão entre a dor e descrença. Repreendi-me por pensar assim. Eu deveria querer o melhor para ela.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Quando cheguei ao quarto a vi deitada de bruços em minha cama com meu iPod em mãos. Ela colocou aquela mesma música que muitas vezes eu tinha posto para animá-la. Assim que me viu sentou-se e ficou observando meu rosto, me esperando sentar ao lado dela, como sempre. Por mais que eu tentasse ocultar, Caroline viu que eu não estava tão feliz quanto das outras vezes que ela me visitara.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“<i>O que aconteceu?</i>” Ela se levantou e foi até a porta. “<i>O que está te incomodando? Pode me falar. Você me ajudou por tanto tempo... Vou fazer tudo o que for possível pra te ajudar a ficar feliz. Gosto do seu sorriso.</i>” O abraço foi inesperado. Caroline simplesmente me abraçou ali, sem hesitar. Sua voz era suave, bem ao lado do meu ouvido. “<i>Vou estar sempre ao seu lado. Nunca vou te deixar.</i>” Não passava de um sussurro, mas o efeito foi tão devastador quanto um grito. Doeu ouvir.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“<i>Não é nada, Caroline... Eu só... Estou estranho hoje. Logo passa.</i>” Eu esperava que minhas palavras fossem reais, mesmo sabendo que não eram. Eu sabia que não a esqueceria e que o sentimento não morreria tão fácil. Ela me puxou até minha cama e se sentou ao meu lado. “<i>Não quero te ver triste. Quero te ajudar.</i>”</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Assim que ela falou isso pensei em me declarar. Falar o que sentia por ela e o que os últimos dois meses tinham significado pra mim. Mas acontece que o telefone dela tocou. E era Samuel, procurando-a para que pudessem sair e se reencontrarem depois de tanto tempo. Pela forma alegre com que ela falou com o Samuel eu desisti de lhe contar o que estava na minha mente. Ela não merecia que eu estragasse a felicidade dela.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Com um beijo rápido no meu rosto, Caroline se despediu e correu até a porta. “<i>Adeus, Pedro. Melhoras! Qualquer coisa me liga.</i>”</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“<i>Adeus, querida.</i>” Sussurrei para o quarto vazio. A música que ela colocara estava chegando ao fim. Peguei meu casaco e saí deixando o iPod tocar na casa deserta. E então comecei a tentar me distrair, mas para onde ia encontrava casais felizes ou amigos conversando animadamente e comprando sorvetes. Aqueles foram os piores dias da minha vida. Desde que Caroline voltara com Samuel.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Caroline. Era o único nome que me vinha à mente hoje. Na verdade não só hoje... Isso tem acontecido há muito tempo, mas tento evitar o máximo possível pensar nela. O único problema é que essa tentativa é sempre frustrada e a imagem de Caroline deitada em minha cama mexendo em meu iPod para colocar nossa música para tocar enche minha mente e eu só posso e só consigo sorrir. Com as lágrimas irritantes descendo por meu rosto.</span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-43324261799053869072010-10-21T21:03:00.002-02:002010-10-21T21:03:47.109-02:00Maria<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Este é só mais um daqueles dias em que tudo o que sinto é a ausência. Sentimentos, vontades, emoções. Nada.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A inconsciência tornou-se minha melhor amiga desde que a humana que desempenhava este papel deixou-me por falsas palavras e manipuladoras pessoas. Não está certo.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Acordo pouco depois das três da manhã todos os dias em que me lembro de Maria – o que jamais deixa de acontecer. A escuridão toma conta do meu coração e arranca, fazendo jorrar lágrimas, as palavras que eu teria dito, se ela não houvesse me trocado por um grupo de... Não importa o que eles são. As palavras simples – que mudariam tudo - que eu poderia ter dito: Maria, eu amo você.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Mas Maria, minha melhor amiga, minha amada, trocou todo o amor de uma vida por uma noite de alegrias mundanas. Sexo, drogas, promiscuidade, álcool. Maria conseguiu, em uma noite, destruir os ideais que eu montara por anos. Ela levara consigo meus sonhos, minha vida a dois, minha solidão.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Anos já se passaram desde que Maria me deixou e jamais visitei seu pequeno e simples túmulo. Encontrei, certa vez, entre suas roupas abandonadas, uma carta destinada a mim. Ela dizia, entre lágrimas, que me amava, mas que não me merecia e, por isso se afastaria. A carta datava de mais de um ano antes de sua fuga e morte, que aconteceu uma semana depois. A coragem lhe fugira e a carta ficara oculta entre vestidos de seda fina.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Maria, minha doce flor, arrancada de minhas mãos leves e carinhosas por duras mãos de ferro. Tornou-se apenas mais uma a abrir mão de sua pureza a qualquer um. Mais uma a morrer, moribunda, no colo do amante de uma noite, apenas mais uma a entregar-se as “delícias” do mundo e ser assassinada por suas próprias cobiça, vaidade e luxúria.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Peço desculpas a todos os que me tem como um amigo, ou um ente querido, mas não agüento mais. Tenho que acompanhar Maria, para que eu possa, enfim, descansar.</span><o:p></o:p></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-33236737234656593112010-04-29T14:52:00.000-03:002010-04-29T14:52:02.550-03:00Ser Feliz, Fernando Pessoa<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Ser Feliz</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px;">Posso ter defeitos, viver ansioso<br />
e ficar irritado algumas vezes mas<br />
não esqueço de que minha vida é a<br />
maior empresa do mundo, e posso<br />
evitar que ela vá à falência.<br />
<br />
Ser feliz é reconhecer que vale<br />
a pena viver apesar de todos os<br />
desafios, incompreensões e períodos<br />
de crise.<br />
<br />
Ser feliz é deixar de ser vítima dos<br />
problemas e se tornar um autor<br />
da própria história. É atravessar<br />
desertos fora de si, mas ser capaz de<br />
encontrar um oásis no recôndito da<br />
sua alma.<br />
<br />
É agradecer a Deus a cada manhã<br />
pelo milagre da vida.<br />
<br />
Ser feliz é não ter medo dos próprios<br />
sentimentos.<br />
<br />
É saber falar de si mesmo.<br />
<br />
É ter coragem para ouvir um "não".<br />
<br />
É ter segurança para receber uma<br />
crítica, mesmo que injusta.<br />
<br />
Pedras no caminho?<br />
<br />
Guardo todas, um dia vou construir<br />
um castelo…</span>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-19098951589764974342010-04-27T15:22:00.003-03:002010-04-27T15:23:40.829-03:00Gélido inverno<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Tenho estado tão... triste. Minha mente falhou em bloquear as emoções que ainda teimam em invadir meu ser. Agonia tem sido frequente.</span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Minha tão amada solidão jamais me feriu tanto quanto agora o faz. O abandono de quem amo, ou amava, dói imensamente mais quando sem querer começo a sentir. Aquela sensação estranha que todos tem... Saudade. Jamais consegui livrar-me dela.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Sei que não há fundamentos em tais pensamentos, mas sempre considerei o abandono e a solidão dádivas do destino para mim, mesmo não me achando merecedora de tanto. Sou apenas uma adolescente medíocre.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Passar anos vivendo praticamente sozinha abriu meus olhos. Pais ausentes, irmãos que nem ao menos sei como estão, a casa grande vazia... Nada me trás consolo quanto à dor; o silêncio monstruoso invade a mansão juntamente com a negritude da noite e me aterroriza.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Jamais confie em “amigos”. A humanidade é corrompida, e cada um busca apenas os próprios interesses, o melhor para si; é impossível que realmente alguém se importe comigo ou com meus problemas sem visar algo para si. Esta é a ordem natural. Apenas os melhores sobrevivem; estes são sempre os solitários.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> A solidão trás seus pontos positivos, como o homem poder estar consigo mesmo e ao mesmo tempo longe de outras pessoas.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Junto com minha tristeza há o sentimento de culpa. Não encontro razões para tal... Destruir corações nunca foi encarado como algo perverso e digno de tal sentimento. Não me sinto hábil para conviver com alguém. Foi um erro me envolver.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Antes a companhia daquele que deixei para trás me mutilava; agora sua ausência o faz. Ele é insubstituível, mas não há como voltar atrás. Aquilo que muitos chamam de destino costuma divertir-se torturando meu coração.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Muitas vezes tentei mudar o tal... destino. As cicatrizes em minhas pernas, braços e pulsos mostram o quanto minha tentativa de fugir do sofrimento foi insistente, mas ainda assim sem sucesso, dado que ainda vivo. Não me arrependo de tê-las feito, mas de não concluí-las antes que alguém me encontrasse jogada contra o chão.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Muitos dizem que minha história consiste em uma superação, uma vez que ainda estou viva... Ou quase. O torpor ainda invade minha mente, mas ele está diferente.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Antes uma névoa envolvia minha mente, protegendo-me do exterior; tal névoa se dissipou e então o sofrimento começou. Forcei para que ela retornasse, mas em seu lugar encontrei gelo. Viver em um gélido inverno dentro da própria cabeça é doloroso.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Tentar derreter o gelo para que voltasse a névoa somente piorou. Envolvi-me novamente com prazeres carnais e impossíveis; sonhei, criei expectativas... Descobri que não sei o que esperar. Não sei o que é ser feliz.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="line-height: 150%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> Por mais que busque, ou queira, creio que jamais descobrirei o sentido de felicidade. Meu gélido inverno, em breve, voltará a ser o escaldante verão, onde sufocarei dentre vapores venenosos e voltarei a sofrer imensamente e suplicarei para que a dor estranha e distinta que o gelo trás para mim retorne para meu ser, transformando-me, de novo, em um gélido inverno.</span></span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-51497141933082000372010-04-02T16:37:00.003-03:002010-04-02T21:18:29.188-03:00Intuição<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> O ano começara um pouco diferente do normal. Meus amigos não estavam mais tão próximos. Era meu último ano em companhia daqueles que estiveram tão presentes na minha vida durante os anos anteriores. Era inevitável que a dor viesse.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Tanto tempo eu pude contar com meus amigos e agora simplesmente tenho que deixá-los e partir. Alguns meses se passaram. Já era novembro e eu não tinha dito adeus ainda. Tinha apenas algumas semanas para tentar resolver tudo.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> <em> Wake me up when september ends.</em></span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Eu desejava mais do que tudo simplesmente sumir dali. Não queria mais ter que preparar meus amigos para a despedida que viria. Eu me mudaria. Iria para o Sul de qualquer forma. Precisava sair dali. Era insuportável.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Durante alguns dias ignorei a existência de todos os meus amigos. Tranquei-me em meu quarto, como de costume. Eu não tinha idéia do que fazer. O som baixo da música entrava em meus ouvidos como gritos. <em>Green Day</em>, uma de minhas bandas preferidas. Em algumas canções a batida era leve, mas ainda assim parecia forte. Coloquei as mãos sobre os ouvidos.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> No terceiro dia Mateus me ligava a cada meia hora para saber como eu estava; Diego a cada cinco minutos. Fernanda me enviava mensagens a todo o instante, insistindo para que eu respondesse; Caroline estava no msn chamando minha atenção sempre que conseguia.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Mateus estava acostumado com meus desaparecimentos repentinos. Já estavam virando rotina. Fora assim desde que tivemos um problema, mas minha ausência total ainda era estranha para ele.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Diego era um caso um pouco mais complicado. Próximos demais. Doía para ele não ter notícias minhas, eu sabia disso, mas ainda assim não estava pronta para contar que o abandonaria. Não queria que ele fosse apenas mais um em minha lista de antigos amigos. Os nossos planos seriam abandonados para sempre.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Fernanda me ajudara em tantos momentos... Apareceu em minha vida pouco depois da ida de Caroline. Tínhamos alguns planos, mas nenhum deles vai ser cumprido. Eu estraguei todos.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Caroline... Ela não tinha razão de estar preocupada. Anos tinham passado desde que tínhamos nos visto por mais de uma semana. Ela estava morando longe, mas nunca nos afastamos. Caroline era minha melhor amiga de infância. Estava vivendo do outro lado do país desde que era ainda uma criança, mas ela ia para o Sul comigo. E depois para a Europa. Era nossa promessa.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> O msn estava começando a incomodar. Aquela luz azulada piscando na barra de ferramentas. O telefone do meu quarto não parava nem mesmo um minuto e meu celular estava sempre reproduzindo o alerta de mensagens e chamadas. Tudo estava me agoniando. Desliguei o computador sem nem mesmo ler as mensagens, tirei a bateria do celular e desconectei o cabo do telefone. Agora, definitivamente, eu estava isolada de todos.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Cinco minutos. Eu não precisava de mais tempo, apenas de cinco minutos para ficar comigo mesma. Sozinha em meu quarto para pensar. O que era certo? O que eu deveria fazer?</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Várias vezes ignorei meus pensamentos. Apenas segui por instinto e tudo dava certo. Meu mundo já havia desabado várias vezes, mas na maioria delas minha intuição não era ouvida. Talvez fosse melhor pensar mais um pouco.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> O tempo passava lentamente. O pêndulo do relógio era constante, marcando cada segundo com um som. Nenhuma solução aparecia em minha mente. Nenhuma forma de melhorar, de seguir sem chorar. </span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Desisto. Chega de pensar. Vou deixar minha intuição me guiar. Só espero que ela esteja certa desta vez também.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Liguei novamente todas as formas de comunicação do meu quarto. No subnick do msn escrevi: “<em>Não me perguntem o porquê. Vou me mudar para o Sul e ser feliz</em>.” Mandei mensagens para o Mateus, Diego e Fernanda falando da minha decisão e dizendo que sentia muito por ter que deixá-los assim. Os telefonemas logo começaram, me pedindo pra explicar melhor. O msn explodia de mensagens perguntando o porquê de uma decisão tão repentina...</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Calmamente expliquei a todos, como já tinha feito com meus pais. Era o melhor pra mim e o meu sonho. Caroline estava excessivamente feliz e não via a hora de arrumar as malas e encontrar-se comigo em Santa Catarina. Tudo estava perfeito para ela. Matt, Diego e Fernanda não conseguiam acreditar no que eu estava fazendo.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> Foram algumas horas até que finalmente todos perceberam que eu não mudaria meus planos e que embarcaria em duas semanas. Todos disseram que iriam levar-me até o aeroporto para me dizer adeus. Caroline disse que me buscaria no aeroporto do Sul.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> O tempo passou rapidamente. Recebi muitas visitas dos meus amigos em casa. Eles diziam que queriam aproveitar o máximo o restante do tempo que tinham comigo. Meu telefone não parava nem mesmo um instante. Prometi que mandaria uma mensagem assim que saísse do avião e avisaria endereço e telefone novos.</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> O dia chegou. Dia 1º de dezembro. Todos estavam em minha casa no horário combinado. Nem mesmo um minuto de atraso. Ajudaram-me com minhas malas e levaram-me. Não quis que meus pais fossem também. Já teriam lágrimas demais apenas com meus amigos...</span><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"> A despedida fora dolorosa. Todo o preparo fora inútil. O distanciamento tinha deixado de existir nas duas últimas semanas e tínhamos voltado a ser melhores amigos. Insistiram para que eu desistisse, mas, por pouco, consegui voltar as costas para eles e entrar no avião que me levaria para uma nova antiga vida. Para uma vida com minha melhor amiga Caroline.</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>PS.: O texto acima não pertence ao livro Quarto dos Escritos.</em></span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-72536125300209502852010-03-30T22:09:00.000-03:002010-03-30T22:09:03.748-03:00Lua Cheia<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'MS Shell Dlg'; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"></span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'MS Shell Dlg'; font-size: small;"><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A lua estava cheia e dava um brilho branco ao céu negro. Poucas estrelas podiam ser vistas, mas ainda assim a noite era linda. Apenas algumas nuvens cinza manchavam a negritude ao longe. </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Saí da escola tarde, como era meu costume. Estudava em horário integral. Era comum chegar a minha casa após o anoitecer e encontrar quase todas as luzes da grande casa apagadas. O medo que antes enchia minha mente para entrar naquela casa sombria agora já não incomodava mais. Tudo virou rotina. Inclusive o pavor de chegar ao segundo andar que sempre era deixado totalmente às escuras.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Era apenas coincidência, mas sempre que eu entrava no meu quarto e ligava o computador para tentar escrever um pouco o telefone tocava. Cada dia era uma pessoa; às vezes minha mãe, meu pai, alguns amigos de meu pai procurando-o... Mas o caso mais raro era meu namorado ligar.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Acontece que numa terça feira comum, depois de muitas aulas estressantes de matemática, cheguei pensando em apenas descansar, sendo assim apenas troquei de roupa e deitei em minha cama oriental. O telefone logo tocou, como já era esperado, mas desta vez a voz era diferente das que sempre me atormentavam quando eu queria descansar. Era ele. O que eu julgara como o “homem da minha vida” ligara-me com a voz extremamente fria.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“Preciso conversar com você. Porque não está online?”</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ele desligou o telefone. Duas frases simples e já me deixaram completamente apavorada. O que ele queria comigo? Até ontem nós estávamos bem... Conversamos quase o dia inteiro e nem ao menos alguém levantou o tom de voz. Ele estava estranho.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Olhei pela janela enquanto o computador iniciava. A lua brilhava no alto como se nada mais acontecesse no mundo inteiro. Como se tudo estivesse adormecido, esperando a hora em que o sol amarelo tomaria o lugar da lua branca. Consegui ver as “manchas” na lua. Eram as crateras; apenas buracos no solo lunar, porém à distância são tão lindas.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O </span><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">msn</span></i><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> conectou automaticamente. Não tinha como fugir. Logo ele chamou minha atenção e, sem ao menos esperar minha resposta, mandou um texto que já parecia estar escrito há muito tempo.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">“<span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif;">Carla... Olha, sabe de uma coisa? Eu andei pensando esses dias e percebi que não tenho tido vida por sua causa. Não é que eu não goste de você, é só que eu preciso viver um pouco. Nenhum adolescente de 18 anos passa a semana inteira em casa porque a namorada não pode vê-lo. E ninguém passa o fim de semana sentado num sofá assistindo TV com a sogra. Pensa bem, eu sei que os últimos 10 meses foram ótimos, mas a rotina acabou com a gente. Não agüento mais ver o mesmo shopping sempre. As mesmas pessoas. Sempre seus amigos. Minha família reclama porque eu não saio mais com eles porque estou sempre com você. Por mais que meus amigos gostem muito de você eles sentem minha falta na hora em que vão sair. Me chamam sempre, mas nunca posso ir porque tenho que ir pra sua casa. Fora que... sei que estou sendo egoísta nesse ponto, mas você nunca cedeu aos meus pedidos. Você sabe sobre o que estou falando. Sei que é nova e tudo, mas... Você já tem 16 anos, sabe se cuidar... poderíamos ter ultrapassado os limites que você mesma nos deu. Talvez isso salvasse o nosso namoro. Ca, não me leve a mal... Simplesmente quero aproveitar minha juventude. Não quero mais perder meu tempo preso a alguém. Bem, não exatamente perder tempo, mas não viver minha juventude. Desculpe Carla. Sei que você vai ficar muito abalada... Não queria ouvir seu choro, por isso pedi pra você entrar no msn. E não... Antes que pense, não tenho outro alguém. Você foi única e importante pra mim, mas acabou.</span>”</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ele estava offline. Tinha apenas mandado o texto e saíra. Em meu porta-retratos estava uma foto minha e dele, na escola, onde eu tinha escrito “You Belong With Me” no vidro. A música da Taylor Swift traduzia meus sentimentos antes, quando ele era apenas um amigo e eu era apaixonada por ele.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ele estava certo... Eu estava chorando. Começara a soluçar. Não tinha forças pra parar. As lagrimas corriam livremente por meu rosto e pingavam de meu queixo para a blusa azul bebê que ele tinha me dado quando completamos 10 meses de namoro. Abracei o John, meu urso de pelúcia que eu ganhara no meu aniversário, e continuei chorando.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A luz que vinha de fora escureceu repentinamente. O céu que antes estava negro com um círculo branco e lindo iluminando pouco agora se tornara uma cortina cinza. As nuvens haviam tomado todo o céu e coberto a lua cheia. Pensei em como se parecia com minha felicidade. Tudo estava perfeito, até que o vento empurrou nuvens cinza cobrindo a minha fonte de luz e felicidade e de repente o tempo mudara dentro de mim. Grandes gotas caíam do céu. A chuva estava forte demais para que pudesse continuar procurando as estrelas.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Deixei a janela fechada e liguei meu rádio. Tocava “You Belong With Me”. Aumentei o volume e deixei que a música me carregasse para o sono profundo, onde sonhei com o “homem da minha vida” caminhando na direção oposta a mim. Senti um gosto salgado em minha boca, mas recusei a acordar até que tudo no sonho estivesse resolvido e eu pudesse ter certeza que em meu céu a lua cheia novamente apareceria envolta de estrelas reluzentes.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>PS.: O texto acima não pertence ao livro Quarto dos Escritos.</i></span></div></span>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-20734196227264317812010-03-12T22:21:00.000-03:002010-03-12T22:21:45.254-03:00Progredindo<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Bem, sei que parece clichê, mas o que eu mais quero é agradecer a quem acompanhou meu blog até o fechamento dele. Graças aos meus leitores eu pude perceber que talvez tivesse algum potencial para escrever e o meu livro já tá progredindo. Com mais de 70 páginas mesmo sem as ilustrações e no tamanho A4 ele é um conjunto de meus contos e cartas, tanto os já postados no blog quanto inéditos. É simplesmente maravilhoso ver um sonho ser realizado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS;">Já procurei editoras e tô esperando algumas respostas, mas ainda não tentei a que eu realmente quero, que é a Rocco, porque ainda faltam várias partes importantes no meu projeto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS;">O nome não pôde ser "Escritora de Gaveta" porque poderia ser considerado plágio por não ter sido uma idéia minha. O nome é "Quarto dos Escritos". Tive que alterar uma das cartas pra poder mudar o nome do livro, mas ficou bom. Eu não sei mais o que falar, a não ser que essa experiência vai mudar minha vida, pra melhor ou pior.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS;">Enfim, espero que meus planos deem certo e conto com a colaboração de todos para fazer propaganda :B</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS;">Só isso. Assim que eu tiver alguma resposta coloco aqui no blog.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Trebuchet MS;">Beeeeijos, pessoinhas :)</span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-68036701526452089072010-02-19T20:13:00.000-02:002010-02-19T20:13:18.131-02:00O fim abre espaço para um novo início<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Durante bastante tempo postei contos e cartas aqui no blog, mas como existe a possibilidade de que tais contos transformem-se em um livro, vou parar de publicá-los aqui.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Este não é o fim do meu hobby, mas é uma chance de deixar de ser uma pseudo-escritora e de realmente entrar de cabeça no mundo literário.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Queria dizer que sempre agradeci muito aos que tiveram paciência de ler meus textos e que criticaram. Estas pessoas me incentivaram, mesmo sem saber, a continuar escrevendo e a tentar melhorar. Buscando a perfeição tive a oportunidade de alcançar meus objetivos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Então... Desculpe-me se desapontei aos meus poucos leitores, mas tenho que correr atrás do meu sonho e, caso não existam contos inéditos, não haverá nenhuma emoção na leitura do meu possível livro, ainda sem nome.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Quem quiser ter acesso a esse material, após sua publicação, poderá me procurar em qualquer uma das redes sociais que tenho conta (<em>orkut, msn, twitter e formspring</em>).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Obrigado pela ajuda e compreensão de todos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Escritora de gaveta, Zöe, Laise.</span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-21793141264930296972010-02-17T21:56:00.000-02:002010-02-17T21:56:53.317-02:00A Escritora<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Olhando pela varanda o pequeno bosque já tornara-se invisível, com o cair da noite. Os pássaros não faziam mais nem um barulho sequer. Apenas ouvia-se o ruído baixo dos carros passando longe, na rua ao lado e o som quase inaudível do rádio no quarto ao lado. O ambiente perfeito para uma escritora trabalhar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mas ela tornara-se um estorvo na vida de todos na casa. Não trabalhava mais. Nada fazia. Estava deprimida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Os livros jaziam sobre a mesa do quarto. Ninguém ousava ao menos tocá-los, mesmo que para guardar. A cama estava sempre ocupada. Ela estava lá, deitada, praticamente morta, desligada de tudo o que ocorria em volta. O computador onde tantas vezes escrevia animadamente seus contos permanecia desligado. As canetas, os cadernos e as várias folhas amassadas ainda estavam no chão, ao pé da cama esperando ansiosamente uma nova história para preencher-lhes o espaço vazio. A caneca onde sempre era servido o tradicional café forte ainda estava lá, ao lado de tantas memórias, vazia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Tantas vezes ela descrevera a depressão, a tristeza, o medo, a desconfiança. Em tantas histórias seus personagens ultrapassaram barreiras fortes, perdas e dores, mas nunca desistiam. Eram fortes. Mas ela não. Ela estava lá, ainda deitada na cama esperando que a vida voltasse a ser feliz. A perda de sua inspiração a havia tomado todas as forças. Seu rosto tornara-se uma máscara triste, pálida, sem esperanças.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Apenas o rádio deixava o quarto com um pouco de vida. A música não saía do ambiente. Tristes e alegres estavam lá, sendo acompanhadas pela voz suave da escritora. A máscara movia-se lentamente para acompanhar as letras das canções que alegravam levemente o quarto.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">As crianças que moravam na rua sempre a procuravam, esperando que ela lhes contasse novas histórias. Ficavam sentadas por horas, escutando a escritora cantar suavemente. As histórias ficavam sempre para o outro dia. Tal dia nunca chegaria, diziam alguns. Os adultos aguardavam ansiosamente que seus filhos voltassem com notícias dela. Era muito querida no bairro onde morava, mas sempre fora fechada e não tinha muitos amigos próximos. Encontrara companhia em livros e jamais achou necessário buscar mais alguém para compartilhar suas aventuras. Apenas conhecera uma pessoa, e entregara-se completamente, fazendo dela sua inspiração.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mas ele se fora, com o tempo todos vão, nada é eterno. A escritora desistira de viver. Não era velha. Talvez ainda não tivesse alcançado seus 30 anos, era impossível determinar. A máscara não deixava. Mesmo com tanta beleza desistira de buscar outra maneira de ser feliz, apenas desejava ter seu amor de volta. Ninguém sequer imaginava o que tinha acontecido ao noivo. Num dia estava lá e no outro havia desaparecido. Muitos dizem que fugira, por medo ou buscando atenção, não se sabe. Outros dizem que encontrou outro amor e resolveu abandonar a escritora. Alguns dizem que ele estaria morto. Muitos são os rumores, mas nada é confirmado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">A escritora passara meses aguardando seu amado, sua inspiração, a razão de sua vida, mas ele não retornara.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Cansada de apenas esperar ela levantou-se certo dia, no meio da noite e caminhou até a varanda, munida de lápis, borrachas e algumas folhas em branco. A família apenas observava em silêncio os passos cuidadosos da escritora. A tão querida filha mais nova, o orgulho de toda a casa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Pelo descostume andar tornara-se uma tarefa árdua. Passo após passo ela apoiava nos móveis e nas paredes por todo o caminho, desde o quarto, de onde saía ainda a música suave até a varanda.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Olhando pela varanda o pequeno bosque já tornara-se invisível, com o cair da noite. Os pássaros não faziam mais nem um barulho sequer. Apenas ouvia-se o ruído baixo dos carros passando longe, na rua ao lado e o som quase inaudível do rádio no quarto ao lado. Sentara-se à pequena mesa e começara a arranhar o papel com a ponta de um dos lápis. Contou toda a sua saudade, todo o seu amor, toda a sua dor e descreveu com detalhes a sua depressão. Contou sobre as crianças e sobre seus pais, contou sobre a música e sobre as estrelas que observava todas as noites.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Poucos leram aquele texto, mas diziam que era o mais belo. Ainda mais perfeito do que uma melodia ao piano, que uma obra de Shakespeare, que um amor real. A dor transformou o amor em poesia. Fora o último texto daquela escritora, que perdera para sempre sua maior inspiração: seu amor próprio, sua auto-estima, sua vida.</span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-4239666029598311982010-02-17T21:49:00.000-02:002010-02-17T21:49:06.644-02:00A Fuga<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Mais uma semana no spa Maria Bonita... Comida natural, exercícios físicos, comida viva... Vida saudável.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Um grupo de 13 adolescentes estava indo até bem, porém o estoque de comida industrializada estava chegando ao fim e ainda nem era quarta feira. Os planos da "máfia" adolescente começaram a aparecer. Como fariam para conseguir mais comida? Não havia pais ou outros adultos dispostos que pudessem comprar algo para nós fora do spa, como fora feito no ano anterior.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O melhor plano fora denominado "<em>A Fuga</em>".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Na quarta feira a tarde, durante o horário livre, enquanto alguns jogavam bola, video game ou faziam massagem, três veteranos caminharam calmamente pelo spa até uma abertura no arame farpado da cerca do spa. Passaram por baixo e começaram a correr loucamente. A adrenalina chegara a mil em apenas um segundo. Os três diminuíram o passo após algum tempo, quando não podiam mais ser vistos. A estrada de terra estava deserta e, após uma caminhada constante, o Zé olhou para trás e parou e disse:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- Três cavalos. Somos três. É o destino!</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- Claro que não, ow. A gente não pode pegar os cavalos </em>- disse Laa. -<em> Eles tem dono.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- E não estão selados </em>- era o Ademir. -<em> Não dá pra andar assim.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Desistiram dos cavalos e continuaram a caminhada. Chegando à estrada havia uma bifurcação. Perguntaram a uma senhora que passava pela rua no momento e descobriram o caminho certo (na verdade qualquer um daria certo) e começaram a subir a rua de terra até a estrada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- Pra que lado é agora?</em> - Ademir perguntou.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- Para a esquerda</em> - disse o Zé.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- Acho que é pra direita...</em> - Laise disse, com certa dúvida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Era para a direita. Quase que os três erraram o caminho. Seria um incômodo acabar no portão do spa por engano. A tia da loja os atendeu brincando. Comentou sobre a dieta rigorosa do spa e os ajudou a guardar as compras (alguns biscoitos, sucos e doces). Os três resolveram comprar picolés, portanto os tomaram na lojinha. Pouco antes de sair cada um dos meninos comprou um guaravita e agradeceram à tia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Atravessaram a estrada com os casacos estufados e, pouco depois de começar a descer a rua para retornar ao spa escutaram uma buzina. Zé falou:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- Deve ser alguém do spa. Vamos logo, ignora.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O carro parou e a voz tão odiosa foi ouvida.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- Querem uma carona?</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Era a nutricionista! Os três analisaram o carro devagar. A filha mais nova estava no banco traseiro, sem expressão; a filha mais velha (famosa x9) estava no banco da frente, com um sorriso sarcástico na face e, atrás dela estava Jaqueline, a nutricionista do spa. Três pensamentos correram as cabeças dos adolescentes:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Zé: Esconde o guaravita!</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Laa: Logo ela!</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><strong>Ademir: Ah, fudeu!</strong></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O momento de pânico tirou a voz de todos. O primeiro a falar foi o Zé:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- Precisa não. A gente está fazendo uma caminhada.</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O carro arrancou e ainda foi possível ver o sorriso sarcástico no rosto das duas nos bancos da frente. Os três começaram a correr, os M&M's começaram a cair no bolso do casaco do Zé e os biscoitos a cairem do casaco da Laa (que por acaso era do Zé). Depois de um tempo de corrida e de todos estarem ofegantes entraram em um acordo. Não correriam mais, esconderiam as compras assim que entrassem no spa e começariam a acreditar em destino (lembrando: os cavalos).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Chegaram e procuraram um local para esconder. Havia uma casa ao lado da cerca. Os três deram a volta na casa e Laa encontrou o esconderijo perfeito: pulando a valinha havia um coqueiro, o saco foi colocado lá e coberto com folhas secas (elas tinham espinhos). Os três voltaram devagar para os chalés para não levantar suspeitas sobre onde era o esconderijo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Ao chegar ao chalé os três contaram o ocorrido a um grupo pequeno e resolveram buscar as compras antes de anoitecer. A Laa falou que iria, mas não sozinha, então a Luh foi junto com ela e, para não levantar suspeitas, deram a volta por todo o spa, indo depois para a casa ao lado da cerca.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">No caminho o porteiro começou a gritar. Falava coisas sobre não sair do spa, ou algo assim. As meninas o ignoraram por um tempo, mas depois a Laa gritou:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;"><em>- A gente só tá andando!</em></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">Voltaram a caminhar, chegaram à árvore e destaparam as compras, esconderam-nas nos casacos e voltaram a andar. O porteiro não as viu voltar, mas todos as viram nos chalés, então não houveram suspeitas. Os doces foram distribuídos, as histórias contadas. Apenas duas pessoas estavam sendo procuradas, não perceberam que o Ademir também fugira, o que foi bom para a reputação dele. O Zé ganhou o apelido de "fujão" no diploma da formatura do spa. E a história será lembrada por todos os 13 adolescentes que estavam no spa Maria Bonita no mês de janeiro de 2010.</span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-9708318107881077382010-02-16T17:59:00.002-02:002010-02-16T18:20:29.090-02:00Carta de um apaixonado V<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Trebuchet MS", sans-serif;">O sol brilhava forte naquela manhã de verão. Não passava muito das 8 e já podia sentir minha pele queimando sob o sol. Meus ombros ardiam devido ao calor forte.</span></div><div style="text-align: justify;">O som das ondas deixava-me melancólica. Lembrava-me da última vez em que estive tão próxima das águas do mar, por acaso em companhia dele. Daquele que tanto amo, mas não deu certo. Descobri que não fomos feitos um para o outro.</div><div style="text-align: justify;">Tantas coisas aconteceram desde o início do verão... O céu deixou de ser azul, a areia clara e o mar calmo. O mundo desabou. O pôr-do-sol tem, agora, um tom gris, o céu tornou-se negro.</div><div style="text-align: justify;">O romantismo se foi, acompanhou o caminho daquele que se afastou de mim sem hesitação. Apenas voltou-se para a saída e não olhou para trás.</div><div style="text-align: justify;">Não pude acreditar quando tudo havia mudado, que minha vida havia deixado de ser perfeita, calma e feliz. Depois de tantas experiências divididas, tantos sonhos compartilhados... Simplesmente terminou. Era certo como o fim do dia, o sol sempre encontra o mar, o dia sempre dá lugar à noite.</div><div style="text-align: justify;">O amor acabou. A poesia se foi. A alegria encontrou seu fim.</div><div style="text-align: justify;">Uma carta pequena, porém sincera, sobre um amor longo e mentiroso. O destinatário será minha gaveta novamente. Não tenho coragem ainda de mandar tais palavras para a pessoa certa, aquela que jurava ser a certa.</div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-21061905522031825342010-02-13T19:23:00.000-02:002010-02-13T19:23:18.009-02:00Amigos<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i>- Diego! Diegoo!</i> </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ele não olhava. Estava com os fones de ouvido, eu tinha certeza. Tentei de novo, só que mais alto. </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">- DIEGOOO! </span></i></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O shopping inteiro olhava para mim agora, menos Diego. Meu melhor amigo. Ele era quase o melhor amigo perfeito de uma garota de 16 anos, quase 17. Pena que ele era completamente distraído. </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Cheguei perto dele e o abracei. Ele levou um susto e quase me bateu, mas percebeu quem eu era poucos segundos antes de me acertar (<strike>ou morrer de susto</strike>). </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">- Ah, Zöe, não tinha visto você aqui. Está atrasada. </span></i></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">- Na verdade você ta atrasado, eu tava te esperando. Mas isso não importa. Vamos comer! To com fome... </span></i></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">- Pra variar... </span></i></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Nós rimos e fomos para a mesma lanchonete de sempre tomar o nosso café. Como sempre ele pediu uma torta de chocolate e eu, além do meu tradicional cappuccino, pedi um lanche maior. </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">- Diego... </span></i></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ignorada. </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">- Diegooo! Eu quero chocolate! </span></i></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Falei com “voz de criança fazendo birra”, como costumavam dizer. E meu rosto também estava parecido com o de uma criança, ou melhor, com um bolinho. </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ele começou a rir e me deu um pedaço grande demais. Como sempre fui desajeitada deixei o pedaço cair no prato. Ele riu mais ainda e eu o acompanhei. Aquelas coisas só aconteciam perto dele... Era divertido demais ser desajeitada. </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O celular dele tocou. Era a Camille, uma das amigas dele que não gostava de mim. O meu nome não foi citado nem uma vez na conversa que foi excessivamente longa... Nem mesmo na hora em que ela perguntou onde ele estava. Fui comprar um sorvete para mim e um pro Diego. </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Quando Diego desligou o telefone começou a rir. Só depois de um tempo fui perceber que ele ria de mim. Eu estava toda suja de sorvete. E ele não era o único que estava rindo da minha situação. Desesperada comecei a me limpar. Eu estava totalmente vermelha. Olhei a hora. Seis e meia. </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">- Diego, hora de ir. </span></i></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">- Verdade. Pra variar hoje você conseguiu me divertir. </span></i></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><i><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">- Ah, me deixa! </span></i></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Começamos a rir, pegamos nossas coisas e saímos da lanchonete. Fomos para a casa do Mateus rindo ainda. No meio do caminho conversamos sobre o futuro e pareceu estranho que tínhamos as mesmas expectativas. E os mesmos medos. </span></span><br style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;" /><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mateus estava nos esperando, assim como vários outros amigos. Quando vi que estavam jogando vídeo game e conversando pensei: “<i>Esta noite vai ser divertida</i>”, sentei no sofá cheio, peguei um dos controles e me diverti de verdade com amigos de verdade.</span></span><span style="font-family: "Segoe UI"; font-size: 14pt;"><i><o:p></o:p></i></span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-65526921004163366142010-01-18T11:37:00.000-02:002010-01-18T11:37:18.239-02:00Relatos<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><div style="text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><i>“Zöe estava desesperada. Dependera de mim por tempo demais. Agora tudo havia mudado. Eu havia mudado e dissera que ela mudara. Eu a havia ofendido. A amizade de quase um ano estava por um fio e a culpa fora minha, mas ainda assim ela se sentia mal. Por quê?!” </i><br />
</div></div><div style="text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><i><br />
</i><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Os relatos do diário dele eram simples. Ele queria voltar a ser o meu melhor amigo, mas ainda assim... Era complicado. Matt deixara o diário em cima da mesa do meu quarto de propósito, só pode ser. Ele não seria tão descuidado. Ainda mais marcando exatamente esta pagina. Deixando-a aberta para que todos lessem. Ele era mais cuidadoso com seus segredos do que isso. Ele queria que eu lesse. Isso se tornou óbvio.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Mas ainda assim... Não há o que mudar. Eu não mudei, mas Matt insiste nisso. Ele diz que sente falta da melhor amiga dele, que a quer de volta, mas eu nunca fiquei afastada dele. A não ser por causa daquele problema... Mas não quero perdê-lo.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Não sabia que Matt mantinha um diário. Descobri quando ele o levou na minha casa no dia em que fomos conversar sobre a minha suposta mudança. Ele provavelmente escreveu aquilo apenas para voltarmos a ser amigos. Ele sabe que eu não seria capaz de ler mais nada depois que lesse aquilo, muito menos se fosse para confirmar os fatos.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Eu sentia falta de Matt. Não queria que ele soubesse que todas as noites eu ainda choro por ele e que não consigo passar nem mesmo cinco segundos sem ansiar por uma mensagem ou qualquer tipo de contato dele. Confiei plenamente na voz que dizia em minha cabeça que eu nunca o perderia.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div></span><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div><div><div style="text-align: center;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><i>“E desde quando você se foi, me pego pensando em nós dois.” </i></span><br />
</div></div><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
</div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Minha irmã sempre escuta uma música que tem esta letra. Ela me faz lembrar Matt. Não consigo parar de pensar na maneira estúpida como meu melhor amigo se afastou de mim.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Eu tinha que devolver o diário, então fui até a casa dele em um dia de reunião de amigos e ele me ignorou, praticamente. Eu nem mesmo parecia existir naquela sala. O videogame sempre ligado, adolescentes rindo, piadinhas rodavam a sala. Eu participava daquela loucura, mas sabia o que se passava no interior da minha mente.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">A saudade que eu sentia dele. Nada mais importava. Talvez o que tenha me feito não chorar ou sair correndo tenha sido a presença do meu outro melhor amigo, Diego. Ele estava o tempo todo ao meu lado, mesmo sem saber totalmente do meu problema.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Eu não conseguia mais pensar neste problema. Não conseguia mais pensar em nada. A simples idéia de ser ignorada por alguém que é basicamente um pilar é insuportável. Dói demais.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">As palavras somem da minha mente. Não consigo expressar tamanho amor e raiva e dor e saudade. Ainda bem que Diego estava o tempo todo comigo, me dando força para não desabar feito a boba melancólica que existe dentro de mim.<br />
</div></div></span></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-84944498336475235372010-01-12T14:25:00.000-02:002010-01-12T14:25:25.834-02:00Mudanças... Ou regressão?<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Courier New", Courier, monospace;">Como nos velhos tempos eu estava apenas escrevendo. Não sentia. Escrevia.<br />
Como nos velhos tempos eu não conseguia pensar. Estava tudo escuro demais, claro demais, barulhento demais, silencioso demais, estranho. Como eu.<br />
Apenas pensava em como tudo estava mudando em um novo ano. As amizades, os amores, a família, os sentimentos, as vontades, os encontros, a vida.<br />
Nada mais é como era antes. O mundo mudou em apenas um dia. O que era impossível tornou-se possível outra vez. Ninguém mais sabe o que esperar da vida.<br />
As músicas preferidas não são mais as mesmas. As roupas que tanto gostava não são tão lindas, agora. Os melhores amigos te julgam, mas aparentam não fazê-lo. São sutis como jamais foram.<br />
Até mesmo a maneira de escrever mudou. A tão conhecida “fonte básica” não é mais usada. Os estilos não são os mesmos. Os leitores não se agradam mais.<br />
Tudo mudou, mas na verdade apenas voltou a ser como era. A falta de amor, a falta de amigos, a falta de inspiração, a falta de gosto, a falta de vida.<br />
Será que realmente desisti de tudo o que era precioso pra mim? Será que não consigo mais ver o que basta para ser feliz? Preciso de tudo o que não tenho, mas posso ignorar o que conquistei com tanto esforço?<br />
As palavras saem com tanta naturalidade... Nem mesmo preciso escolhê-las ou pensar em meu objetivo. Elas apenas saem por meus dedos frouxos. Não encontro mais sentido em palavras comuns. Preciso de expressões, olhares, tons de voz.<br />
Parece que o mundo inteiro mudou. Foi aquele minuto. Aquela decisão. Alterou todo o meu presente e meu futuro, como sempre, mas ainda assim não é o que eu quero. Não é o que eu esperava.<br />
A vontade de escrever está sendo menor do que a necessidade. Não agüento mais esconder o que está em meu coração. Poucas pessoas sabem pelo que passo. Não vou me expressar aqui. Não vou contar a ninguém mais.<br />
Vou tirar todo o peso e deixar tudo no passado, onde eu era outra pessoa, que tinha outras manias, que tinha outros sonhos, que tinha alguma probabilidade de ser feliz.<br />
Mudei para tentar ser melhor, mas apenas magoei aqueles que mais importavam para mim. Apenas consegui perceber que eu não sou mais aquela que consegue fazer seus melhores amigos felizes apenas com uma palavra.<br />
Não vou mais me esconder atrás de pseudônimos. Este texto não é da Zöe, é meu. Do ser humano que se esconde atrás da complexa Zöe. A pessoa que sempre tentou ser feliz sem mostrar a verdadeira face. Que sempre quis agradar todos sem se importar em ser feliz.<br />
Essa mesma pessoa agora busca a felicidade mais do que tudo. Ela acha injusto que todos possam ser felizes, mas ela não. Ela acha que ninguém tem o direito de roubar-lhe a felicidade.<br />
Ela se chama Laise Righi. Não que ela quisesse, mas ela mudou nesse ano e se arrepende disso, mas não sabe o que fazer. Ela é apenas ela mesma, como sempre foi. Bem, pelo menos interiormente. No exterior ela deixou de ser a menina que todos amam.<br />
Ela voltou a ser o que era. Aquela garota que escrevia apenas por escrever. E que nunca deixou um sentimento dominar o seu coração.<br />
É tempo de mudar</span>.<br />
</div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-29698731493085160632009-12-22T17:57:00.005-02:002009-12-23T18:20:07.568-02:00Tédio<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Você que está lendo meus relatos deve estar sentindo o mesmo que eu. Não sei qual outra razão levaria uma pessoa a ler o que uma adolescente comum escreve em seus momentos ruins... Enfim, já que está aqui vou te contar tudo.<br />
<br />
Tédio.<br />
Então este estado permaneceria ainda por muito tempo... O torpor que jamais parecia abandonar minha mente. O constante estado em que meus pensamentos estavam era a inércia. Seguiam uma linha e não evoluíam ou regrediam. Aquilo era entediante demais para que minha sanidade se mantivesse.<br />
Nunca havia imaginado que não conseguiria encontrar alguma maneira de distrair-me. Meus problemas devoravam-me por dentro. Logo eu estaria louca. Era uma realidade. Eu precisava encontrar algo para pensar antes do fim.<br />
Música não adiantava mais. Era irrelevante. Qualquer estilo parecia sempre o mesmo. Eu não conseguia mais diferenciar o baixo, a bateria e a guitarra das canções barulhentas que sempre usei como fuga. Tudo me levava a pensar no maravilhoso som do piano. Eu não aguentava mais ouvir o som daquele lindo piano tocando minhas músicas prediletas. As mãos firmes que a tocavam. Não havia sequer uma partitura para a qual Gab pudesse estar olhando. Ele mirava o nada. Seus olhos fechados.<br />
Encantada apenas observei. O piano negro fazia um contraste forte com a sala branca e marfim. Era maravilhoso. O mundo era maravilhoso, até que Gabriel foi embora para sempre e me deixou aqui. Entediada.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Como eu pude acreditar que seria para sempre tanta perfeição?<br />
O som do piano não saía de minha mente. Clair de Lune, Bella's Lullaby e Aizome. As mais lindas melodias. As mais lindas recordações. As mais lindas tristezas. Os mais lindos amores. Os amores mais impossíveis. Como o meu.<br />
<br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><em>“Nunca a abandonarei, Zöe. Confie em mim. Vou viver em função de você. Apenas para te fazer feliz. Vou tocar este piano sempre que você estiver triste. Seremos felizes a vida inteira. Você nunca vai chorar por minha causa. Nunca te farei chorar. Prometo.”<br />
</em></span><br />
A linda promessa de Gab passou por minha mente como um sussurro. Uma memória distante, quase esquecida, mas que se recusa a parar de me torturar.<br />
Como fui tola. Como fui estúpida em acreditar que nunca choraria por ele. Demorei até perceber que Gab jamais voltaria e que eu estava esperando como a louca da canção do Maná. Aquela que esperou durante anos por seu verdadeiro amor no porto de San Blás e envelheceu lá. Esperando-o, sem que jamais visse sequer sua embarcação novamente.<br />
Ri um pouco com a comparação. Gab não era um marinheiro, e sim um intercambista. Mas Gab estava de passagem também. E havia prometido ficar para sempre. A viagem era temporária. Até o telefonema em que ele disse estar voltando à Itália, mas que voltaria em breve para o Brasil.<br />
Dois anos.<br />
Dois anos foi o tempo em que o esperei antes de mandar a primeira e última carta. A carta que dizia os meus sentimentos e que demonstrava o quanto eu tinha sido infeliz nos últimos tempos. Vou mostrar a você a carta. Eu estava ouvindo a linda Clair de Lune, do Debussy quando escrevi tudo o que estava em meu coração.<br />
Desculpe se estiver melancólica, mas você sabe como é, né? O sentimento é horrível, então as cartas também tem de ser.<br />
<br />
<em>Gabriel,<br />
<br />
dois anos se passaram e sua promessa ainda não foi cumprida. Você não voltou e nem ao menos me ligou para saber se eu ainda estava sequer viva. Saiba que a sua primeira promessa foi quebrada na hora em que você decidiu retornar à Itália. Lágrimas escorreram por meu rosto e o único motivo era você.<br />
Não sei se você ainda lembra de quem sou eu, mas ainda assim tenho esperanças de que eu tenha marcado pelo menos um pouco a sua estadia no Brasil. Foi um longo ano.<br />
Ainda escuto as melodias que você tocava para mim no piano que tenho aqui. Nem sequer encosto no piano desde que você partiu, com medo de que eu afaste sua presença daquele lugar.<br />
Gab, eu te esperei por tanto tempo... Chorei tanto por você.. Implorei a meus pais para que eu fosse à Itália apenas para te ver, mas eles não estão em condições de viajar e não me deixaram ir sozinha.<br />
Realmente estou arrependida por tudo o que eu deixei de fazer nos últimos dois anos. As festas que não fui. Os garotos que neguei. As amigas que abandonei. As horas que passei apenas lembrando e ouvindo as melodias que você tocava pra mim.<br />
Desculpe, Gab. Eu não posso mais.<br />
Não vou mais te esperar.<br />
Não vou ser como a louca da canção do Maná. Não vou ser como ela e esperar você até que meus cabelos fiquem brancos e eu perca a sanidade. Preciso me divertir. O tédio da sua ausência está me matando!<br />
<br />
Adeus, Gab.<br />
Para sempre.<br />
<br />
Zöe</em></span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Entenda, não foi nem metade do quis dizer desde o início. Gab me machucou de verdade. Nem mesmo tive vida depois que ele foi embora.<br />
Ele ligou assim que recebeu a carta. Disse que sentia muito e que não voltaria porque os pais dele não deixavam. Não acreditei.<br />
Agora já não importa mais. Tomei minha decisão. Vou viver como eu sei viver. Sem ele. Tomada por um estado de espírito chato e por uma constante.<br />
Tédio.<br />
Então este estado permaneceria ainda por muito tempo... O torpor que jamais parecia abandonar minha mente. O constante estado em que meus pensamentos estavam era a inércia. Seguiam uma linha e não evoluíam ou regrediam. Aquilo era entediante demais para que minha sanidade se mantivesse.</span><br />
</div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-58029526239743272172009-12-18T00:54:00.000-02:002009-12-18T01:02:23.205-02:00Canto do Bastardo<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">É um pedido de desculpas por ser quem sou.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">A única forma de me desculpar com a pessoa certa sem que todos me julguem.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Entenda, <span style="color: red;"><i>Matt</i></span>. Você é importante pra mim. Não quero te perder. <i>Nunca</i>.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">O <i>Canto do Bastardo</i> apenas surgiu em minha mente. Eu realmente estou me preocupando com o bem estar do meu <i>Matt</i> da vida real. Uma das minhas razões de viver é a sua felicidade. Não deixe que eu a destrua.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Nota: Sim, <i><b>eu sou a bastarda</b></i>.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Segue agora, o <i>Canto do Bastardo</i>.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Basta.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Não posso mais suportar tamanha dor.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Não posso mais suportar seu sofrimento.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Não posso mais.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Sorria.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Teu riso me trás esperança.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Tua felicidade me proporciona alegria.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Eu necessito disso.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Esqueça.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Tudo o que eu fiz a você eu quero apagar.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Tudo o que te fiz pensar eu quero mudar.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Tudo.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Basta.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Não consigo pensar em você assim.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Seja eu melhor amigo, apenas.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Espero que seja o bastante.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Acredite.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Sua vida é melhor sem mim.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Não posso mais suportar a dor<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">que enche meu peito e não me deixa dormir.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Desculpe.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Perdão pelas atitudes erradas.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Perdão pelos conselhos inúteis.<br />
</div></div><div style="text-align: justify;"><div style="margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px;">Perdão por ser quem sou.<br />
</div></div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-27717236283392827912009-12-14T21:14:00.001-02:002009-12-20T17:32:48.963-02:00fantasma<div><br />
</div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Um <span style="font-size: x-large;">fantasma</span>.<br />
Eu me sentia como um fantasma. <span style="font-size: small;">Nada além disso.</span><br />
Talvez eu <b>realmente</b> fosse um. Minha opinião <i>nunca era válida</i>, meus conselhos eram ignorados, <span style="text-decoration: line-through;">meus sentimentos pisoteados</span>. Eu equivalia a nada. Eu era nada ali.</span>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-30379191002512050752009-11-25T17:32:00.008-02:002009-12-03T16:27:16.998-02:00Kath<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Quase chorei escrevendo Kath... É simplesmente uma história tocante.</span></div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><div style="text-align: justify;">Ela veio à minha mente enquanto eu pensava em coisas que poderiam me magoar.</div><div style="text-align: justify;">Não quero falar muito... Apenas não é real.</div><div style="text-align: justify;">Have fun 'n' cry</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Kath</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Zöe,</div><div style="text-align: justify;">Preciso de você.</div><div style="text-align: justify;">Kath.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">As palavras de Kath foram simples e diretas, mas me deixaram preocupada demais. Kath nunca pediria minha ajuda se não fosse algo importante. Kath não falava comigo há dois anos, ela definitivamente não tinha motivos pra me procurar.</div><div style="text-align: justify;">Katherine era minha melhor amiga desde quase sempre, mas perdemos contato quando ela mudou de escola para ficar mais tempo com Rick, o namorado dela. Achei a atitude dela mesquinha, mas mesmo assim tentei manter a amizade por quanto tempo fosse possível. Ela ignorava meus telefonemas e não respondia às minhas cartas. Era nossa tradição. Sempre trocávamos cartas, mas ela simplesmente abandonou nossa mais preciosa forma de demonstrar amizade.</div><div style="text-align: justify;">Eu imaginava que Kath já tivesse esquecido de minha existência, vendo todo o tempo em que estivemos separadas. Jamais imaginaria que ela fosse pedir ajuda a mim... Provavelmente ela estava muito desesperada.</div><div style="text-align: justify;">Por causa do namorado ela não só me abandonou, mas também a Matt. Nós éramos um trio. Éramos inseparáveis. Abandonou aos melhores amigos para ficar apenas com Rick. Todos da escola perderam a confiança nela imediatamente, apenas eu continuei tentando fazer com que ela voltasse.</div><div style="text-align: justify;">Na minha agenda da oitava série ainda estava o número dela e de tantos outros ex-colegas... Eu não sabia de cor, como o de Matt, mas jamais havia esquecido os últimos dígitos... 1307. O aniversário dela. Treze de julho.</div><div style="text-align: justify;">Tentei ligar para ela, mas o número havia sido cancelado. O celular também não atendia. Soube que ela havia se mudado, mas nunca me disseram para onde.</div><div style="text-align: justify;">Não houve nenhum modo de encontrar a Kath. Guardei o bilhete em meu quadro de fotos e deixei lá, para o caso de ela me procurar de novo.</div><div style="text-align: justify;">Passaram-se meses. Kath não mandou outro recado; não telefonou.</div><div style="text-align: justify;">Quando estava olhando minha correspondência encontrei o já tão conhecido envelope azul. A caligrafia era cuidadosamente desenhada, deixando claro que muito tempo fora gasto até chegar àquele nível de perfeição. Não havia remetente. No envelope havia apenas o meu nome, mas eu sabia exatamente quem a enviara. Katherine.</div><div style="text-align: justify;">Abri a carta ali mesmo, no hall do prédio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Zöe,</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Imagino o quanto lhe preocupei enviando apenas o pequeno bilhete sem nenhuma explicação.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Vou lhe explicar a razão por ter procurado você depois de... dois anos, certo?</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Acontece que o Rick terminou comigo no dia do meu aniversário. Eu fiquei sem chão; não sabia o que fazer ou mesmo quem procurar. Eu havia abandonado todos os meus amigos para apenas viver em função dele. Havia saído de casa para morar no apartamento dele. Não terminei a escola. Não terminei meus cursos. Comecei a trabalhar, mas fui demitida logo que recebi meu primeiro salário; encontraram alguém mais qualificado.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Eu fiquei sem chão, não tinha como imaginar o que aconteceria comigo depois daquele instante. Voltei para casa e minha mãe me recebeu de uma forma dura. Eu sabia que isso aconteceria, mas não havia nenhuma esperança de que eu pudesse voltar para o apartamento do Rick.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Fiquei em meu quarto durante dias, saindo apenas para comer. Não atendia aos insistentes telefonemas dos meus amigos. Minha mãe havia contado a alguns que eu tinha voltado para casa, mas eu não tinha mais o seu telefone, então ela não te ligou.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Depois de mais ou menos duas ou três semanas – eu desisti de contar o tempo – parei de comer. Não aguentava mais viver sem o Rick.. Eu não queria aceitar o fato de que eu estava grávida. Não queria contar a ninguém. Sabia que ninguém entenderia e muito menos minha própria família. Foi assim que descobri o que eu queria fazer e quem eu queria procurar.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Saí no meio da noite e fui de táxi até o seu prédio, deixei o bilhete e saí. Voltei para meu esconderijo escuro e não saí mais de lá.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Desculpe se te preocupei... Deixei seu endereço anotado em uma folha de papel e um bilhete para minha mãe pedindo para que ela entregasse a você.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Não pude viver sem ele.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Me desculpe, Zöe... Fiz tudo o que você me disse para não fazer e tudo o que eu provoquei foi tristeza e preocupação.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Só queria te avisar que não estarei viva quando você ler isso. Os meus analgésicos acabaram a menos de três minutos. Logo terão o efeito desejado. Minha morte. E a do meu filho.</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Você é especial para mim, Zöe.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E Matt também, mas não tive coragem de procurá-lo.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Desculpe, mais uma vez.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Kath</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu estava chorando quando acabei de ler a carta. Minha amiga. Katherine. Ela não havia sobrevivido à depressão.</div><div style="text-align: justify;">Queria visitá-la, mas não sabia onde seu corpo estava. Guardei a carta com muito cuidado entre meus textos mais importantes e tranquei novamente a gaveta secreta que um de meus muitos antigos amigos havia construído para mim.</div><div style="text-align: justify;">Corri para meu apartamento e tranquei-me em meu quarto.</div><div style="text-align: justify;">Chorei até que as lágrimas deram uma estiada, liguei para Matt e contei a ele a triste história de nossa melhor amiga. Ele chorou comigo.</div><div style="text-align: justify;">Voltei minha atenção para meu presente e tentei aprender uma lição com a história de Kath. Eu jamais mudaria minha vida por causa de um garoto, ou de uma amizade. E jamais abandonaria minhas amizades pelos mesmos motivos.</div><div style="text-align: justify;">Eu decidi, naquele momento, que minha vida teria razões mais importantes que as razões de Kath... Derramei minha última lágrima por minha melhor amiga e comecei a escrever para tentar me acalmar.</div><div style="text-align: justify;">A ultima coisa que eu diria à Kath se pudesse seria que ela havia sido muito estúpida, mas uma coisa estaria sempre pairando por minha mente. A frase que eu mais gostaria de ter dito nos últimos momentos dela:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Eu amo você, Kath.</div></span><div><br />
</div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-54459764743969850042009-11-25T12:20:00.001-02:002009-12-03T15:43:42.945-02:00Retificando<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<a href="http://picasaweb.google.com/lalazinhaah.emo/EncantosDeAdolescentes?authkey=Gv1sRgCODZqIbGpdi3tAE#5408535069816110018"><img align="left" border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUYrvHucCNSUDTc3pbgbnqX-dM4SwgiZCDGQktkHow0sViO-Z4zjuUY-aUlehaMye-L2KWcf5BfK4PXPfoAQ49I9Kq3K5G-8BuzjrDwhrQTF_GItEgpDjW-cqJ78NScNVVjvtRyzEQOO4/s288/iphone_photo.jpg" style="margin: 5px;" width="210" /></a><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Fiz, a pouco tempo, uma crítica ao livro The Host, de Stephenie Meyer. Sinceramente o livro é bem cansativo, não retiro isso em nenhum momento, mas começa a ficar um pouco interessante a partir da pagina 300, eu acho.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ainda não acabei de ler, mas espero que fique melhor. Estou voltando a criar expectativas com relação a SM, mas não imagino que ela possa lançar outro livro que agrade do inicio ao fim.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Os romances impossíveis com seres de raças diferentes devem desaparecer dos livros dela, porque ela só fala disso! Fora a ameaça constante de morte... Bella, em crepúsculo, passava o tempo inteiro sabendo que poderia morrer a qualquer instante, e varias vezes ela chega perto. Melanie e Peregrina passam pelo mesmo dilema. Se isso continuar (ameaças de morte + triângulos amorosos impossíveis com seres diferentes) eu juro que abandono os livros da SM.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas enfim, The Host está melhorando aos poucos. As escolhas que SM fez para o meio do livro estão mais sensatas que no inicio. Talvez eu esteja gostando porque envolve mais sangue, mas não se ao certo.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Retiro minha crítica totalmente negativa à The Host e aceito o fato de que eu ainda tenho esperanças de que este livro vai ser mais interessante a partir da 400ª página.</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Laise Righi</span>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-40129189461796050482009-11-16T19:58:00.006-02:002009-12-03T16:21:16.567-02:00Matt<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Momento: aula de química, conversando com meu </span><strike><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">marido</span></strike><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> melhor amigo, Pedro. [/Histórias, histórias;</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Motivação: conversas recentes.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Texto não real e nem baseado em fatos, por favor, </span><strong><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">não me perguntem se é real</span></strong><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">!</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span> <br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas então, depois de toda essa explicação sobre o texto vamos aos fatos.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu tava tipo, meeeega mal no domingo e o Pedro me ajudou a pensar, aí eu tive um lapso criativo hoje e escrevi [/uhul o/</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas então, eu não sei mais o que escrever aqui.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Beijos, e divirtam-se,</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Laa Righi</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span> <br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Matt</span><br />
</div><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O tédio havia tomado meu corpo e minha mente. A insanidade estava próxima, eu podia sentir que chegaria logo. A exaustão não me deixaria lúcida por muito tempo.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A casa estava barulhenta; havia muitas pessoas na sala de estar conversando com minha mãe. Elas estavam lá para me ver e eu havia me trancado para apenas pensar. Mesmo assim era impossível ficar parada em meu quarto, apenas observando a minha vida parada. Eu precisava sair de casa e descobrir quem eu era, o que eu queria fazer e o que eu sonhava. Parecia impossível sequer pensar dentro daquele quarto claro demais.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O clima está repulsivo, pensei, mas mesmo assim preciso sair.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Desliguei o ar condicionado e o ventilador e saí para o calor exorbitante de primavera no Rio de Janeiro. Em menos de dois minutos eu já podia sentir as pequenas gotas de suor que escorriam sem pressa pelo meu rosto e por minhas costas.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu andava cambaleante em meio aos pedestres que estavam a minha volta. Lentamente dirigi-me, sem perceber, em direção à rua movimentada.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Apenas quando um carro avançou perigosamente em minha direção foi que percebi exatamente onde estava... A praia. Eu sempre ia para lá quando estava triste ou pensativa, mas desta vez estava cheia demais. Havia muitos espectadores para um possível show dramático, eu sabia que não poderia parar ali.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Imaginei outros lugares onde eu teria paz para pensar apenas; sem companhia, apenas eu e minha mente... </span><em><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Infelizmente esse lugar não existe</span></em><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"> – minha consciência sempre me contava que ele não existia no mundo que ficava do lado de fora de minha casa. Eu sabia que o único lugar onde estaria completamente sozinha era o meu quarto, mas era o último lugar em que eu gostaria de estar naquele dia. Eu simplesmente desejava estar longe.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Setembro era um mês aterrorizante pra mim... Além daquele calor exagerado que quase chegava aos 40º diariamente eu ainda tinha que participar de uma festa de aniversário que eu nunca pedira para ir e ainda parecer feliz.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Muitas pessoas olhavam para mim quando passavam com seus cães ou simplesmente mudavam a direção do olhar, passando por mim rapidamente. Tinha de ser minha roupa, uma vez que eu não passava de uma adolescente comum: olhos escuros, cabelos lisos presos, nem gorda e nem magra, sem um corpo excepcional, apenas normal. Como eu estava vestida? Era sábado, portanto não me incomodei com escolha de roupa, uma vez que não iria à rua, e eu tinha saído de minha casa no meio daquela “festa” repulsiva, mas não tinha reparado na roupa que eu vestia...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Oh não! Eu estava com uma saia colorida que caía com pequenas camadas até meus pés e uma camiseta branca com um lírio azul bordado. Simplesmente não era o meu estilo e nem mesmo o tipo de roupa ideal para uma caminhada na praia. Aquela roupa chamava muita atenção, sem dúvidas, tinha que ser aquilo.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Caminhei até algumas ruas à frente e lembrei-me de que um dos meus poucos amigos morava lá. Era bom ter amigos. Eu não tinha noção do que significava essa palavra, </span><em><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">amigo</span></em><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">, até pouco tempo atrás.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mateus morava a alguns metros da praia, naquele prédio que eu já conhecia tão bem. O porteiro nem mesmo perguntou pra onde eu iria, somente abriu o portão e interfonou diretamente para o 602 e sorriu ao dizer calmamente: </span><em><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Pode subir, ele está te esperando lá em cima.</span></em><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O elevador estava no quarto andar, então tive que aguardar até que chegasse ao térreo. Olhei para o espelho e assustei-me com a visão perturbadora. A menina que estava lá parecia uma princesa, de tão delicada. Estava frágil, com a maquiagem azul turquesa levemente borrada por causa das lágrimas sutis que haviam escorrido por seu rosto, o cabelo nem preso e nem solto estava um pouco desgrenhado, mas nada que não pudesse ter sido feito propositalmente. A roupa dela ainda estava perfeitamente alinhada a seu corpo. Eu me sentiria bem se me visse andando daquela forma. Aquela roupa me faria me sentir bem. Desejei que sentimentos fossem como roupas.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ouvi o leve ruído das portas do elevador antigo e rapidamente parei de analisar a menina no espelho. Ao atravessar a porta lembrei-me que havia outro espelho. Agora a menina me olhava mais de perto... Ela estava a menos de um passo de mim e eu pude analisar sua expressão. Estava melancólica, parecia ferida e pronta para chorar novamente, mas se forçava a manter a postura de garota forte. Mesmo assim não conseguia esconder totalmente o choro. As pequenas lágrimas escorriam devagar por seu rosto. Senti um gosto salgado quando uma das lágrimas alcançou o canto dos lábios dela.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Limpei meu rosto e virei-me para a porta. Eu não aguentaria ver a menina chorando. Eu sabia que a menina era eu, mas não queria acreditar. Fechei os olhos.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A porta abriu novamente e eu ouvi o ruído baixo. Não precisei ao menos empurrar a pesada porta. Mateus o fez e me abraçou ali mesmo. Ele sabia que eu precisava de apoio, mas mesmo assim não fez nenhuma pergunta; não disse sequer uma palavra.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Matt me levou até a casa dele e sentou-se no sofá. Aninhei-me em seu colo. Eu não precisei explicar, apenas chorei. Eu tinha todos os meus dilemas e não queria falar deles, mas Matt conhecia todos ainda mais do que eu.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Matt... Me ajuda... Por favor...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Ele não disse nada. Meu telefone tocava sem parar desde pouco depois de eu ter saído de casa. Era minha mãe, eu sabia, mas não queria falar com ela. Matt atendeu e disse que eu estava lá e que depois me levaria para casa quando eu melhorasse. Minha mãe conhecia Matt, não tinha razões para desconfiar dele, mas ainda assim ela ficou preocupada e pediu pra falar comigo. Desliguei o telefone assim que toquei nele.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não precisei explicar o porquê da minha reação.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Matt sabia que era meu aniversário, mas não me desejou os parabéns. Eu não ligava para aquelas baboseiras e odiava festas e atenção. Apenas entregou meu presente: um CD de uma de suas bandas preferidas. Eu queria aquele CD, queria conhecer mais dele, do meu melhor amigo...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Chorei no ombro dele e fui reconfortada, até que ele se levantou. Voltou com um removedor de maquiagem, provavelmente da mãe dele, e disse:</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Usa isso, você tá horrenda!</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Eu ri e fui até o banheiro. Eu realmente estava horrível. Gargalhei vendo aquela menina frágil de outra hora, aquela menina que parecia uma princesinha e que agora estava com o rosto completamente manchado de azul. Droga de lápis permeável.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mateus me levou para casa e ficou lá até o final da minha festa. Quase todos já tinham ido embora, portanto eu consegui ficar um pouco do lado de fora do meu quarto.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Aquele dia tinha começado de uma forma tão repulsiva que eu não tinha sequer acreditado que alguma coisa poderia dar certo, mas Matt sempre fazia isso. Matt sempre me fazia feliz.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">A prova disso estava escrita em vermelho na minha parede verde:</span><br />
<span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="color: red;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O Matt é o melhor amigo da Zöe,</span></span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="color: red;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">e sempre vai ser.</span></span><br />
</div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span> <br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Obs.: Chorei escrevendo.</span></span><br />
</div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4558851408116252666.post-24096972785292522172009-11-13T15:00:00.006-02:002009-12-03T16:20:40.022-02:00Criticando...<a href="http://picasaweb.google.com/lalazinhaah.emo/EncantosDeAdolescentes?authkey=Gv1sRgCODZqIbGpdi3tAE#5403633992269287090"><img align="left" border="0" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkuZublct4mydEQODcuu-43BYD54D_zdBnxnH-5j-HJwhDdVOycej-LhrzcoYCBjzpFtGaaULbPaxVqwE3jlUJVBbD0XJhqu69wWTCa4qBYKiE8bWZcPsTVADSraFYSt2znZHbUhs4imQ/s288/iphone_photo.jpg" style="margin: 5px;" width="210" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O</span><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">oh não creio que aconteceu de novo! Bug maldito! Apagou o post 2 vezes!</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Cheguei as 8 na escola, sendo que a aula começava 7:20, aí resolvi aproveitar meu tempo inútil pra escrever um pouco. Fiquei sem ideia pra contos/poemas/crônicas então resolvi falar sobre livros (:</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Então, né...? Tem duas autoras e um livro que eu queria indicar. Muito pouco se for comparar com minha lista de lidos/desejados. Enfim, vambora...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span> <br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Stephenie Meyer</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Reconhecida pela Saga Twilight que achei clichê, falsa e sem base, mas divertida. O amor entre uma garota comum de 17 anos desajeitada e um garoto vampiro de mais de um século de vida, totalmente perfeito e que brilha no sol - bah! -, eles se apaixonam praticamente à primeira vista e todo mundo sabe que começa um triângulo amoroso com um lobisomem e depois o vampiro acaba transformando Bella Swan em vampira e vivendo feliz pra sempre com ela. Claro que tem milhões de intrigas em 4 livros, mas mesmo assim todo mundo sabe o final do 4º livro lendo apenas o primeiro.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas então... Com todo o sucesso que a saga Twilight teve era esperado que The Host - ou A Hospedeira, odeio traduções - fosse, tipo, o livro do século! Como sempre, as espectativas dos leitores jovens foram frustradas com um livro cansativo e paranóico.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">The Host fala sobre o fim da humanidade e invasões alienígenas! Quanta viagem!</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas então, recomendo a saga Twilight e não recomendo The Host, a não ser que você goste de triângulos amorosos com dois corpos: uma alma alienígena, uma alma humana e um humano. Viagem totaaaaaal!</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span> <br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">- Meg Cabot</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Reconhecida pela série que deu origem ao filme O Diário da princesa, Meg é uma das minhas escritoras preferidas pelo fato de ela não se prender a um estilo de literatura e explorar tanto o real quanto o surreal. A série The Mediator - A Mediadora, pelamord'deus! - é tipo... perfeita! São 6 livros, só 6!</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Jesse é o cara! E Suzannah Simon é a típica garota nova yorkina que se muda pra California e não sabe exatamente nada sobre praia e tudo mais que tem perto do oceano e longe da poluída Nova York. O detalhe mais interessante é que Suze vê e fala com fantasmas. Esse na verdade é o trabalho dela: ajudar os fantasmas a ir para o outro lado - seja ele onde for.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Não tenho pontos negativos sobre Meg... Ainda não conheço livros dela o suficiente para dizer o que é ruim ou não.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span> <br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">O outro livro é A Cabana. Sempre esqueço o nome do autor, mas acho que é William P. Young. A história jamais sai da minha mente de tão linda que é. É linda e triste, mas é uma verdadeira aula de religião.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mostra que nós devemos ser tementes a Deus não importa o que aconteça em nossas vidas. Nada pode ser pior do que o que aconteceu ao protagonista...</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Chorei muito lendo... Desde o inicio até o fim a história foi marcada com lágrimas minhas e de todas as pessoas que leram, sem duvidas.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;"><br />
</span> <br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Mas então, esses são alguns dos livros em que eu tenho lido ou então que marcaram minha vida ao ponto de eu jamais esquecer um detalhe sequer.</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">Enjoy</span><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: 'Trebuchet MS', sans-serif;">(: </span><br />
</div>Laise Righihttp://www.blogger.com/profile/09784539516785785354noreply@blogger.com1